Uso racional de antimicrobianos por acadêmicos de um Centro Universitário do norte do Paraná / Rational use of antimicrobials by academics at a University Center in north of Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Mayara Dos Santos Mendes
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Ferreira, Francine Maery Dias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/18711
Resumo: Estimativas apontam que o Brasil é o quarto maior consumidor de medicamentos do mundo, dos quais, 40% são antibióticos. No entanto, o alto consumo e a utilização indiscriminada dessas substâncias aliadas à grande capacidade adaptativa dos microrganismos, ocasionou o surgimento de patógenos extremamente resistentes. Entre os fatores relacionados ao fenômeno da resistência bacteriana, destaca-se a automedicação, uma prática frequente em inúmeros grupos etários e em diferentes culturas, sendo também frequente entre estudantes universitários. O objetivo deste trabalho foi analisar o perfil de consumo de antimicrobianos entre estudantes universitários de diversas áreas do conhecimento visando compreender se existe entre essa população o uso irracional dos antibióticos. Trata-se de um estudo transversal realizado com estudantes universitários de uma universidade privada do norte do Paraná. A pesquisa foi realizada no período de 25 de junho a 10 de julho e os dados foram coletados através de um questionário semiestruturado enviado no e-mail de 100 alunos. Os resultados encontrados demonstraram que a maioria da amostra entrevistada foi constituída de pessoas do sexo feminino (61%) e a soma da faixa etária predominante neste estudo variou entre 17 e 31 anos (76%). Quanto à prática da automedicação, 26,8% dos acadêmicos entrevistados afirmou já ter se automedicado com antibióticos, porém, a maioria dos alunos referiu tê-los usado com prescrição médica (73,2%). Entre os que praticaram a automedicação, 41,7% disseram que o fizeram por indicação própria e 31,8% por indicação de balconistas de farmácia. No que se refere à doença tratada, esta pesquisa identificou que as infecções do trato respiratório superior foram as mais frequentemente reportadas (51,3%), seguidas pelas infecções do trato urinário (12,4%) e as penicilinas foi a classe de antibiótico mais utilizada. Quanto ao conhecimento sobre a aplicabilidade dos antibióticos, 62,3% dos entrevistados sabiam que estes fármacos são empregados para o tratamento de infecções causadas por bactérias, o restante, porém, respondeu de forma incorreta ou não soube a resposta. A automedicação é uma prática comum e prevalente entre os universitários entrevistados, com taxas de incidência se assemelhando aos índices encontrados em outras pesquisas do país. Deste modo, torna-se importante promover debates interdisciplinares relacionados ao uso racional de medicamentos visando melhorar a conscientização acadêmica sobre os riscos da prática da automedicação.
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