Sífilis Congênita no Brasil no período de 2009 a 2019/ Congenital Syphilis in Brazil from 2009 to 2019

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Malveira, Natália Alcântara Mota
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Dias, Júlia Maria Gonçalves, Gaspar, Virginia Knupp, Silva, Thaís Serafim Leite de Barros
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/35169
Resumo: A Sífilis Congênita é definida como a infecção pelo Treponema pallidum transmitida da mulher para o feto durante a gestação, podendo ocasionar efeitos adversos neonatais e gestacionais, ainda se constituindo como um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O presente trabalho objetivou realizar uma investigação do banco de dados de notificação dos casos de Sífilis Congênita no Brasil no período entre 2009 e 2019. Trata-se de um estudo transversal descritivo, com análise quantitativa de dados secundários de notificação compulsória provenientes do sistema de informação de agravos de notificação- SINAN - do Ministério da Saúde, disponíveis na base de dados do DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Notificou-se 180.818 casos de Sífilis Congênita no período estudado. O diagnóstico em crianças com menos de 7 dias foi de 96,3% e com diagnóstico final de Sífilis Congênita Recente 92,7%. Foram registrados 1.835 óbitos em menores de 1 ano, 6.600 abortos e 6.218 natimortos devido a infecção. Ocorreram 341.327 casos de Sífilis Gestacional. As gestantes infectadas apresentaram faixa etária de 20 a 29 anos em 52,7%, cor parda 55,9% e escolaridade de até fundamental completo/incompleto em 44,4%. Dessas mulheres, 64,6% realizaram pré-natal, 52,2% tiveram o diagnóstico de Sífilis durante o pré-natal e apenas 4,3% realizaram tratamento adequado. A Sífilis Congênita no Brasil atinge sobretudo filhos de jovens infectadas de 20 a 29 anos, raça parda, baixo nível de escolaridade, com realização de pré-natal, que obtiveram diagnóstico tardio, com classificação clínica de sífilis primária e realização de tratamento inadequado. O ano de maior notificação dos casos e óbitos de Sífilis Congênita foi no ano de 2018. Na maternidade é onde ocorre a maior parte das notificações de Sífilis Congênita, com diagnóstico sendo realizado durante os primeiros sete dias de vida do recém-nascido, a maioria tendo como diagnóstico final Sífilis Congênita Recente. 
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