Aspectos relacionados à polifarmácia em idosos: um estudo de revisão/Aspects related to polypharmacy in the elderly: a review study

• Autor(a) principal: Correia, Wellington
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Teston, Ana Paula Margioto
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/20760
• topic: Atenção Farmacêutica; Idosos; Polifarmácia.

INTRODUÇÃO: Embora o envelhecimento não seja necessariamente sinônimo de adoecimento e dependência física, a longevidade está fortemente associada ao aumento da ocorrência de doenças crônicas e consequentemente ao maior consumo de medicamentos. Um dos maiores problemas de saúde pública relacionado ao uso dos medicamentos é a polifarmácia, que consiste na utilização de 5 ou mais medicamentos simultaneamente por um único paciente. OBJETIVO: Considerando o envelhecimento da população brasileira e os impactos negativos que a polifarmácia exerce sobre os idosos, este trabalho buscou conhecer quais são as questões que permeiam essa relação, quais os fatores de riscos associados e investigar quais estratégias vem sendo desenvolvidas para prevenção e controle da polifarmácia entre os idosos brasileiros. MÉTODO: Este é um trabalho de revisão da literatura científica realizado no mês de agosto de 2020 através de consultas em periódicos dos bancos de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) de artigos publicados entre os anos de 2015 e 2020. RESULTADOS: Foram selecionados 45 trabalhos para esta revisão, sendo 43 artigos científicos (96,8%) e 2 dissertações de doutorado (3,2%). A análise da literatura nos permite afirmar que a polifármacia é um fenômeno frequente entre os idosos com uma taxa de prevalência ampla variando entre 18%-92,8%, possui etiologia multifatorial e está fortemente associado a questões sociodemográficas como pertencer ao sexo feminino, ter idade mais avançada, menor grau de escolaridade, ser solteiro, viúvo ou residir sozinho e possuir plano de saúde. Apresentar doenças crônicas e comorbidades, além de uma auto-percepção de saúde ruim, também estiveram fortemente relacionados a esta condição. CONCLUSÃO: Embora seja vasta a literatura sobre este tema, a maioria dos artigos analisados avaliou os aspectos quantitativos da polifarmácia, constituindo-se em uma lacuna cientifica a análise da qualidade e da necessidade real dos medicamentos prescritos. Medidas práticas de prevenção e identificação desse fenômeno são escassas ou pouco estudadas. Salienta-se a importância de acompanhamento contínuo dos idosos submetidos ao tratamento com múltiplos fármacos por uma equipe interdisciplinar de cuidado, onde o farmacêutico tem um papel central na identificação de riscos e promoção do uso racional dos medicamentos.