Neoliberalismo e conservadorismo: quem são os “cidadãos de bem” ressentidos? / Neoliberalism and conservatism: who are the resentful "good citizens"?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medina, Francisco das Chagas Sampaio
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Pinheiro, Paulo Roberto Meyer, Leal, Leonardo José Peixoto, Silva, Marcus Cristian de Queiroz e, Silva, José Diego Martins de Oliveira e, Freitas, Tais Medina Lopes de, Mota, Aline Veras Leite, Aguiar, Ana Cecília Bezerra de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/50229
Resumo: Nos últimos anos, candidatos de extrema direita, que flertam com o autoritarismo e põem em risco a democracia, ascenderam ao poder em diversos países do mundo. No Brasil, esse processo também aconteceu, e, nas eleições presidenciais de 2018, Jair Bolsonaro foi eleito com o discurso que prometia um governo “conservador nos costumes e liberal na economia”. Após dois anos e meio de mandato marcado por múltiplas crises e polêmicas, sua popularidade atingiu o grau mais baixo em maio de 2021. Contudo, de acordo com a pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Datafolha neste mesmo mês, 24% dos entrevistados continuam avaliando seu governo como “ótimo/bom”. A partir disso, o presente estudo visa a investigar o que motiva esse apoio ao Presidente, lançando-se, para tanto, mão de estudos da Filosofia Política, da Psicanálise e da Antropologia. Conclui-se que é possível explicar pelo viés psicanalítico a motivação do grupo que permanece apoiando Jair Bolsonaro, valendo-se da categoria do ressentimento, paixão condizente com a subjetividade forjada no contexto neoliberal.
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