Violência sexual feminina: um crime intradomiciliar recorrente / Sexual violence against women: a recurrent domestic crime

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Sonia Oliveira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Sales, Lara Gabriella Dultra, de Menezes, Luís Henrique Santos, de Andrade, Renata Lima Batalha, de Matos, Ana Caroline Gusmão, Batista, Jefferson Felipe Calazans, Barreto, Manuela Naiane Lima, Mendonça, Ana Karina Rocha Hora
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
DOI: 10.34117/bjdv8n2-406
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/44538
Resumo: Introdução: A violência sexual é um problema de saúde e segunça pública, de notificação compulsória, com pena prevista em lei e graves repercussões psicossociais. Apesar disso o acolhimento à vítima e o ídice de denúcia são, ainda, insuficientes. Objetivo: Avaliar o perfil sociodemográfico, as características da violência sexual e o caráter de atendimento de emergência das vítimas de violencia sexual atendidas em dois centros de referência do estado de Sergipe, Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo documental que avaliou todas as mulheres vítimas de violência sexual do estado de Sergipe atendidas de julho a dezembro de 2018 nos centros e referência avaliados. O questionário de coleta incluiu aspectos sociodemográficos, dados da violência sofrida, informações sobre atendimento de emergência e o desfecho. A amostra mínima de 222 participantes foi calculada pela fórmula de Pocock. A associação entre as variáveis categóricas foi realizada pelo teste qui-quadrado. Adotou-se intervalo de confiança de 95% e significância quando p < 0,05. Resultados: As vítimas eram em sua maioria menores de 14 anos, pardas, solteiras, estudantes, com ensino fundamental incompleto, sem prole constituída e sem relação sexual anterior ao evento. A violência mais cometida foi o estupro e a maior parte dos delitos foram intradociliares e por único agressor. A procura por atendimento ocorreu após 72 horas na maioria dos casos. Os exames mais realizados foram sorológicos, BHCG e citologia. Os abortamentos foram executados majoritariamente após a 12° semana de gestação. A maioria das vítimas evadiram. Conclusão: A maioria das vítimas é jovem. Os crimes são reincidentes e intradomiciliares. A complexidade biopsicossocial da violência sexual torna imprescindível a capacitação dos profissionais e o acolhimento do primeiro atendimento à vítima.
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