Atividade antimicrobiana do Allium Sativum em combate a Cândida Albicans e Staphylococcus Aureus: uma revisão de literatura / Antimicrobial activity of Allium Sativum against Candida Albicans and Staphylococcus Aureus: a literature review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Elane Beatriz de Jesus
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Cavalcante, Luandson Braga da Silva, Ribeiro, Dafne Luana Ramos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/23658
Resumo: Atualmente verifica-se um aumento da resistência aos antimicrobianos em uso e com isso as plantas medicinais surgem como alternativas no combate e prevenção de doenças. Sabendo disso o alho, nome popular dado ao Allium sativum, é amplamente utilizado como um medicamento fitoterápico há anos, possuindo atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral e até mesmo antiparasitária. A fim de demonstrar essas informações e com o objetivo de criar fármacos, foram realizados estudos que comprovaram que o causador de todos esses efeitos curativos se dá por compostos químicos como a alicina, que está presente no extrato do A. sativum. O intuito deste projeto é descrever o comportamento fúngico da espécie Cândida albicans pertencente ao gênero Cândida spp. e bacteriano do Staphylococcus aureus que pertence ao gênero Staphylococcus sp., e relatar a inatividade das espécies frente aos compostos presentes no alho. O presente estudo realizou uma pesquisa descritiva do tipo revisão de literatura com abordagem qualitativa, onde foram avaliados os resultados de alguns artigos frente à cultura de microrganismos patogênicos visando diminuir ou interromper seu crescimento in vitro, de acordo com sua expressividade antimicrobiana. Os microrganismos expostos aos componentes do alho, principalmente a alicina que apresenta propriedades químicas que interferem na estrutura dos microrganismos, onde vão atingir diretamente a membrana citoplasmática levando a alterações na sua estrutura e função ocasionando um aumento em sua permeabilidade, além de levar a uma inibição na síntese proteica fúngica e bacteriana, que consequentemente influencia diretamente na viabilidade patogênica. Ainda de forma indireta, muitas substâncias do alho como zinco, selênio e outras atuam no aumento da imunidade humoral o que auxilia na resposta frente a estes microrganismos. Nesse âmbito, constata-se benefícios com a continuidade de estudos, com o propósito de detalhar as propriedades químicas naturais, capaz de ter efeitos similares ou melhores que os antimicrobianos sintéticos comercializados nos dias de hoje, além do custo de produção menor o que consequentemente implicaria no seu valor de comercialização inferior aos demais. Sendo assim os compostos aromáticos como a alicina e os fenólicos são os principais responsáveis por essa atividade antimicrobiana, além dela outras classes de substâncias naturais estão presentes no alho e podem ser classificadas de acordo com sua natureza química, física e atividade biológica, sendo descritos como principais grupos os alcaloides (álcoois, aldeídos e éteres), flavonoides, compostos fenólicos e mucilagens. As pesquisas realizadas comprovam a efetividade da ação do Allium sativum como antifúngico e antibacteriano, e descrevem como ocorre todo o processo de supressão celular resultando na inibição de crescimento.
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