A discriminação na sociedade da informação: reflexões sobre o pensamento de Jean-Jacques Rousseau: The discrimination in the information society: reflections on the thought of Jean-Jacques Rousseau
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
DOI: | 10.34117/bjdv8n12-132 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/55321 |
Resumo: | Publicado em 1755, em um período pré-revolução francesa, o “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, foi escrito por Rousseau como resposta ao questionamento feito pela Academia de Dijon em 1753, que lançou um concurso para que pensadores refletissem e apresentassem qual é a origem da desigualdade entre os homens e se ela é autorizada pela lei natural. Em seu texto, Rousseau parte da premissa de que existem dois tipos de desigualdades na espécie humana: (i) natural ou física, presente no estado de natureza, que não passa de simples diferenças de idade, saúde, força, gênero, dentre outras; e (ii) moral ou política, que decorre dos diferentes privilégios que alguns usufruem em detrimento dos demais, onde alguns são mais ricos, mais honrados, mais poderosos que outros. Para Rousseau, o ser humano (denominado na obra como “homem”) deixou de viver em um estado de equilíbrio na natureza e passou a viver dentro do estado social que é caracterizado pela abundância e pela ausência, para que alguém seja considerado belo, alguém precisa ser considerado feio, a honra existe em contraposição à vergonha, a riqueza e a pobreza, e assim sucessivamente. Desse modo, o desequilíbrio fomenta na sociedade sentimentos de inveja, vaidade, avareza e, consequentemente, cria um estado violento, com alta criminalidade e insegurança. O principal ponto de virada entre o estado de natureza e a sociedade civil, para Rousseau, foi a criação da propriedade privada, que estruturou a sociedade da época. O presente artigo pretende analisar a obra de Rousseau acrescentando-lhe um novo elemento inexistente na época em que o texto foi escrito, a Internet. Assim como a propriedade privada, partimos da premissa que a Internet é um dos elementos estruturais da revolução tecnológica que originou uma nova forma de organização da sociedade, calcada na informação, denominada de Sociedade da Informação. Para tanto, este artigo foi dividido em cinco partes: (i) capitulo preliminar, onde estão estabelecidas as premissas do estudo e a relação entre a sociedade civil descrita por Rousseau e a Sociedade da Informação; (ii) no capitulo 1 é feita uma análise mais aprofundada da obra do Rousseau, apresentando as principais ideias do autor, (iii) o capitulo 2 é um capitulo de transição, em que é feita uma breve análise evolutiva da sociedade até chegarmos na Sociedade da Informação; (iv) no capitulo 3 apresentamos a Sociedade da Informação e os efeitos das desigualdades existentes na sociedade; e (v) por fim, apresentamos as considerações finais. |
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A discriminação na sociedade da informação: reflexões sobre o pensamento de Jean-Jacques Rousseau: The discrimination in the information society: reflections on the thought of Jean-Jacques Rousseauestado de naturezasociedade civilsociedade da informaçãodesigualdadepropriedade privadaalgoritmosperfilizaçãoPublicado em 1755, em um período pré-revolução francesa, o “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, foi escrito por Rousseau como resposta ao questionamento feito pela Academia de Dijon em 1753, que lançou um concurso para que pensadores refletissem e apresentassem qual é a origem da desigualdade entre os homens e se ela é autorizada pela lei natural. Em seu texto, Rousseau parte da premissa de que existem dois tipos de desigualdades na espécie humana: (i) natural ou física, presente no estado de natureza, que não passa de simples diferenças de idade, saúde, força, gênero, dentre outras; e (ii) moral ou política, que decorre dos diferentes privilégios que alguns usufruem em detrimento dos demais, onde alguns são mais ricos, mais honrados, mais poderosos que outros. Para Rousseau, o ser humano (denominado na obra como “homem”) deixou de viver em um estado de equilíbrio na natureza e passou a viver dentro do estado social que é caracterizado pela abundância e pela ausência, para que alguém seja considerado belo, alguém precisa ser considerado feio, a honra existe em contraposição à vergonha, a riqueza e a pobreza, e assim sucessivamente. Desse modo, o desequilíbrio fomenta na sociedade sentimentos de inveja, vaidade, avareza e, consequentemente, cria um estado violento, com alta criminalidade e insegurança. O principal ponto de virada entre o estado de natureza e a sociedade civil, para Rousseau, foi a criação da propriedade privada, que estruturou a sociedade da época. O presente artigo pretende analisar a obra de Rousseau acrescentando-lhe um novo elemento inexistente na época em que o texto foi escrito, a Internet. Assim como a propriedade privada, partimos da premissa que a Internet é um dos elementos estruturais da revolução tecnológica que originou uma nova forma de organização da sociedade, calcada na informação, denominada de Sociedade da Informação. Para tanto, este artigo foi dividido em cinco partes: (i) capitulo preliminar, onde estão estabelecidas as premissas do estudo e a relação entre a sociedade civil descrita por Rousseau e a Sociedade da Informação; (ii) no capitulo 1 é feita uma análise mais aprofundada da obra do Rousseau, apresentando as principais ideias do autor, (iii) o capitulo 2 é um capitulo de transição, em que é feita uma breve análise evolutiva da sociedade até chegarmos na Sociedade da Informação; (iv) no capitulo 3 apresentamos a Sociedade da Informação e os efeitos das desigualdades existentes na sociedade; e (v) por fim, apresentamos as considerações finais.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-12-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/5532110.34117/bjdv8n12-132Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 12 (2022); 78836-78847Brazilian Journal of Development; Vol. 8 Núm. 12 (2022); 78836-78847Brazilian Journal of Development; v. 8 n. 12 (2022); 78836-788472525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/55321/40745Copyright (c) 2022 Rodrigo Macario Vieira do Amaralinfo:eu-repo/semantics/openAccessdo Amaral, Rodrigo Macario Vieira2022-12-28T18:57:55Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/55321Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:25:41.943680Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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