Identificação de Colletotrichum sp. E controle alternativo da antracnose da pimenta-de-cheiro (Capsicum chinense Jacq.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Rosicleia
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Guimarães, Jandson José do Vale, Alves, Kézia Ferreira, Olinda, Douglas Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/62173
Resumo: A antracnose ocorre em pimentas Capsicum, incidindo na pré-colheita até a pós-colheita, gerando grandes riscos de perdas para o produtor, induzindo-o ao uso de agrotóxicos que, muitas vezes, são aplicados em doses excessivas ou de forma inadequada, provocando danos com graves implicações ambientais e sociais. Em função disso, o controle de doenças através do uso de plantas e extratos brutos de plantas medicinais tem sido explorado nos últimos anos por suas propriedades antifúngicas e antimicrobianas eficazes. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi realizar a identificação do isolado de Colletotrichum sp. e avaliar a eficiência de extratos de alho e gengibre na redução da severidade da antracnose em frutos destacados de pimenta-de-cheiro. As amostras com os sintomas da doença foram coletadas em Capitão Poço (PA) e transportadas para o Laboratório de Microbiologia de Alimentos do IFPA-Campus Castanhal, em seguida realizou-se a metodologia de isolamento direto e o cultivo monospórico para posterior caracterização morfocultural do isolado. No teste de patogenicidade, foi possível confirmar a agressividade do patógeno por meio da inoculação sob os ferimentos em frutos de pimenta-de-cheiro. Os extratos utilizados foram de alho e de gengibre, na concentração 6%, sob duas condições de regimes de aplicação, sendo duas aplicações em um período de 11 dias e três aplicações no mesmo período. A avaliação da severidade foi realizada diariamente a partir do 3º dia após a inoculação (DAI) até o 11º DAI. Os resultados indicaram que no 4º DAI 100% dos frutos inoculados já apresentaram sintomas típicos da antracnose, demonstrando a patogenicidade do isolado. A colônia desenvolvida ao longo de 15 dias exibiu coloração preta no centro com bordas variando da cor cinza escuro a cinza claro e o principal formato de conídio caracterizado foi cilíndrico com ápices arredondados. Quanto aos extratos, houve diferença significativa deles sobre a média dos diâmetros médio das lesões e sobre a eficiência na redução da severidade da doença, mas não houve diferença significativa dos regimes e nem da interação extrato x regime. Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que o isolado pertence ao taxa Colletotrichum sp. patogênico e que apresentou formatos de conídios variados. Também se conclui que os extratos de alho e gengibre apresentaram redução da severidade da antracnose em frutos de pimenta-de-cheiro, mas o regime de aplicação não influenciou no controle da doença.
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