Cuidados paliativos como suporte para pacientes oncológicos com delirium em unidade de terapia intensiva / Palliative care as support for cancer patients with delirium in an intensive care unit
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/27620 |
Resumo: | 1 INTRODUÇÃODelirium é uma alteração cognitiva que apresenta incidência elevada em unidades de terapia intensiva (UTI), sendo associado ao pior prognóstico, maior permanência do paciente no hospital e ao aumento da mortalidade. Nesta perspectiva, o cuidado paliativo oferece suporte para melhorar o status funcional do enfermo, sendo uma intervenção humanizada, que visa o controle dos sintomas, acolhimento emocional e espiritual aos pacientes e familiares. 2 OBJETIVOSAnalisar a importância dos cuidados paliativos no manejo do estado confusional agudo em pacientes oncológicos submetidos aos cuidados de terapia intensiva. 3 MÉTODOSTrata-se de uma revisão sistemática e integrativa utilizando-se das bases de dados nas plataformas Scielo, Pubmed e Google Acadêmico. Foram utilizados os seguintes descritores: “cuidados paliativos”, “câncer” e “delirium”. Para avaliação da elegibilidade dos artigos, realizou-se análise dos seguintes critérios: avaliação do título, do resumo, disponibilidade de obter os artigos na integra e avaliação dos resultados. 4 RESULTADOSForam encontrados 101 artigos relacionados ao tema, dos quais 4 se destacaram e foram posteriormente selecionados. A ocorrência mundial de delirium corresponde a 39,3% em pacientes sob cuidados de terapia intensiva. Estudos mostram que 21,4% da população com idade maior ou igual a 60 anos são acometidas por delirium, o que vai ao encontro ao fato de que os enfermos mais vulneráveis de apresentar este estado confusional são aqueles com idade acima de 60 anos. A análise dos dados, revelou que de 1.515 pacientes em fase terminal de câncer, mais de 43% apresentaram delirium, e destes, 7,5% evoluíram para cuidados paliativos após a internação na UTI. Neste contexto, evidenciou-se que para atenuar o desgaste emocional dos familiares e pacientes, existe a atuação da equipe multiprofissional, que visa esclarecer acerca do significado dos cuidados paliativos, além de auxiliar a aceitação do processo de finitude. A fim de oferecer o suporte necessário aos pacientes oncológicos críticos, foi constatado que os recursos da terapia intensiva são indispensáveis, já que auxiliam nas correções das funções orgânicas que ficam comprometidas com o avanço da doença. Vale considerar que os cuidados oferecidos no centro de terapia intensivo, objetivam evitar e tratar as possíveis complicações como distúrbios hidroeletrolíticos e infecções. Foi verificado ainda que existe uma quantidade de 3% a 66% de delirium não diagnosticado, também nestes casos é imprescindível a atenção direcionada para o alívio da dor física, escuta empática e avaliação precisa do prognóstico. As decisões relacionadas aos cuidados paliativos, devem ser elaboradas juntamente com a família do paciente, e, é de extrema importância, respeitar-se os princípios de autonomia, beneficência e não-maleficência. 5 CONCLUSÃOA fragilidade apresentada por pacientes oncológicos é um fator de risco para o desenvolvimento de síndromes neurocomportamentais como o delirium. Desse modo se faz necessário, uma equipe de saúde multidisciplinar, além da aplicabilidade dos cuidados paliativos como forma de intervenção terapêutica. |
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1 INTRODUÇÃODelirium é uma alteração cognitiva que apresenta incidência elevada em unidades de terapia intensiva (UTI), sendo associado ao pior prognóstico, maior permanência do paciente no hospital e ao aumento da mortalidade. Nesta perspectiva, o cuidado paliativo oferece suporte para melhorar o status funcional do enfermo, sendo uma intervenção humanizada, que visa o controle dos sintomas, acolhimento emocional e espiritual aos pacientes e familiares. 2 OBJETIVOSAnalisar a importância dos cuidados paliativos no manejo do estado confusional agudo em pacientes oncológicos submetidos aos cuidados de terapia intensiva. 3 MÉTODOSTrata-se de uma revisão sistemática e integrativa utilizando-se das bases de dados nas plataformas Scielo, Pubmed e Google Acadêmico. Foram utilizados os seguintes descritores: “cuidados paliativos”, “câncer” e “delirium”. Para avaliação da elegibilidade dos artigos, realizou-se análise dos seguintes critérios: avaliação do título, do resumo, disponibilidade de obter os artigos na integra e avaliação dos resultados. 4 RESULTADOSForam encontrados 101 artigos relacionados ao tema, dos quais 4 se destacaram e foram posteriormente selecionados. A ocorrência mundial de delirium corresponde a 39,3% em pacientes sob cuidados de terapia intensiva. Estudos mostram que 21,4% da população com idade maior ou igual a 60 anos são acometidas por delirium, o que vai ao encontro ao fato de que os enfermos mais vulneráveis de apresentar este estado confusional são aqueles com idade acima de 60 anos. A análise dos dados, revelou que de 1.515 pacientes em fase terminal de câncer, mais de 43% apresentaram delirium, e destes, 7,5% evoluíram para cuidados paliativos após a internação na UTI. Neste contexto, evidenciou-se que para atenuar o desgaste emocional dos familiares e pacientes, existe a atuação da equipe multiprofissional, que visa esclarecer acerca do significado dos cuidados paliativos, além de auxiliar a aceitação do processo de finitude. A fim de oferecer o suporte necessário aos pacientes oncológicos críticos, foi constatado que os recursos da terapia intensiva são indispensáveis, já que auxiliam nas correções das funções orgânicas que ficam comprometidas com o avanço da doença. Vale considerar que os cuidados oferecidos no centro de terapia intensivo, objetivam evitar e tratar as possíveis complicações como distúrbios hidroeletrolíticos e infecções. Foi verificado ainda que existe uma quantidade de 3% a 66% de delirium não diagnosticado, também nestes casos é imprescindível a atenção direcionada para o alívio da dor física, escuta empática e avaliação precisa do prognóstico. As decisões relacionadas aos cuidados paliativos, devem ser elaboradas juntamente com a família do paciente, e, é de extrema importância, respeitar-se os princípios de autonomia, beneficência e não-maleficência. 5 CONCLUSÃOA fragilidade apresentada por pacientes oncológicos é um fator de risco para o desenvolvimento de síndromes neurocomportamentais como o delirium. Desse modo se faz necessário, uma equipe de saúde multidisciplinar, além da aplicabilidade dos cuidados paliativos como forma de intervenção terapêutica. |
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