Análise descritiva do rastreamento do câncer de próstata no contexto assistencial de atuação das Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal / Descriptive analysis of prostate cancer screening in the care context of the Basic Health Units of the Federal District
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/44271 |
Resumo: | O câncer de próstata é a segunda maior causa de mortalidade por câncer em homens no mundo. A maioria dos pacientes com essa comorbidade é assintomática, vindo a apresentar sintomas apenas na doença localmente avançada ou metastática. Diante disto, é questionada a importância do rastreamento para a prevenção secundária. Contudo, não há consenso sobre a efetividade da aplicação destes rastreios na literatura. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda o rastreamento de CA de próstata de forma individualizada na população masculina entre 55 e 69 anos. Por outro lado, o Ministério da Saúde (MS) desaconselha esta prática, uma vez que evidências mostram que os danos superam os benefícios, realizando, assim, a prevenção quaternária. Considerando tais divergências, fez-se este estudo com o objetivo de avaliar a aplicabilidade do rastreamento do câncer de próstata realizado pelos médicos da Atenção Primária em Saúde que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal. Para isto, foi realizado um estudo transversal quantitativo, por meio de um questionário que identificou a preferência dos profissionais, se pela adoção das recomendações da SBU, a favor da triagem, ou do MS, que não recomenda esse rastreio. Foi encontrada uma amostra total de 12 profissionais. Dentre estes, 66,7% afirmaram que realizam o rastreio do CA de próstata dentro da sua prática médica. Como instrumentos de rastreamento, PSA é utilizado por 87,5% dos médicos, 75% usam anamnese e o exame físico e 25% utilizam o ultrassom de próstata. 33,3% afirmaram que não indicavam o rastreio do CA de próstata na prática clínica com as seguintes justificativas: “Falta de evidência científica”; “Mais evidências de malefícios que benefícios no rastreamento”; “Exames pouco sensíveis”. 16,6% dos pesquisados indicam o início dessa prática a partir de 40 anos, 50% acima de 50 anos e 8,3% afirmam que o rastreamento devia começar a partir de 45 anos. A partir de revisão bibliográfica e coleta de dados da pesquisa foi possível inferir que a falta de consenso entre as recomendações do MS e da SBU quanto ao rastreamento de Câncer de Próstata dificultam a aplicabilidade dessa prática na Atenção Primária em Saúde (APS). A falta de agentes educadores em saúde, o seguimento em periodicidade inadequada dos pacientes, a falta de interesse do paciente no rastreamento e a falta de verba para custeio de exames foram apontados como as principais barreiras enfrentadas pelos profissionais médicos na APS. Para que o cuidado em saúde seja centrado na pessoa, é necessário a prática da Prevenção Quaternária. Com base nesse conceito, o sobrediagnóstico e sobretratamento é evitado. Além disso, o usuário da rede de saúde fica ciente dos riscos e benefícios do rastreamento do CA de próstata e pode decidir, de forma compartilhada com o médico, se deseja ser submetido ao rastreio, tornando-se assim, agente ativo no processo de cuidado. |
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