Síndrome dos ovários policísticos: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Júlia Raposo Palhares
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Simões, Monna Emanuelly Camargos, Pinheiro e Silva, Maria Luísa, Dal Sasso, Vanessa Procópio, Rocha, Izabella Ribas, Figueiredo, Rafael Antonio Hauck, Silva, Isadora Faria, Ribeiro, Luciana Penido, Gonçalves, Thamires Cristina Dantas, de Aquino, Isadora Porto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
DOI: 10.34117/bjdv9n3-223
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/58497
Resumo: A síndrome dos ovários policísticos (SOP), caracteriza-se por uma das endocrinopatias mais comuns na vida das mulheres no período da menacme, afetando cerca de 8% a 13% dessa população. Consiste em uma patologia cada vez mais prevalente, a qual afeta significativamente o bem-estar e a qualidade de vida daquelas que convivem com a síndrome, estando associada ao risco de desenvolvimento de complicações a longo prazo, como subfertilidade/infertilidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e até mesmo câncer de endométrio. Etiologicamente, sabe-se que a SOP é multifatorial e está relacionada com fatores genéticos, ambientais, epigenéticos, hormonais, entre outros. A patogênese ainda carece de esclarecimentos, contudo sabe-se que está relacionada ao hiperandrogenismo a nível ovariano e à hiperinsulinemia, agravada pela resistência insulínica adquirida pela obesidade, que é comum ser observada nessa população. Devido aos vários fenótipos da SOP e da diversidade sintomatológica observada, usualmente, é subdiagnosticada e não tratada ou tem o manejo estabelecido tardiamente e sintomático. Em virtude da variedade etiológica da SOP, a epidemiologia é variada, e a incidência depende de diversos fatores. Ademais, a depender da etiologia da SOP e da evolução do quadro, o manejo terapêutico e o prognóstico são diferentes. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, tardio. Contudo, a avaliação inicial deve ser feita seguindo o critério de Rotterdam, sendo necessários 2 dos 3 critérios para confirmação do diagnóstico. Apesar de ser o mais usado, também existem outros critérios para o diagnóstico. O manejo terapêutico é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e possíveis complicações. Pode-se utilizar o tratamento farmacológico ou cirúrgico, a depender de cada caso. Vale salientar a importância das mudanças de estilo de vida, incentivando a prática de exercícios físicos e a adoção de uma dieta saudável, o que demonstra resultados promissores.
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