Autorrelato de depressão e a prática da automedicação para sintomas dispépticos: uma análise do perfil da automedicação em pacientes das unidades de saúde de Curitiba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kotze, Paulo Gustavo
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Gonzaga, Caroline Ehlke, Munaretto, Raphaela Suzin Marini, Chemin, Luiza Helena, Tumelero, Tainá Júlia, Teixeira, Beatriz Gallo, Longo, Sofia Pimentel, Teixeira, Matheus Corvello
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/62461
Resumo: A automedicação é considerada uma medida de autocuidado pela Organização Mundial de Saúde. Os sintomas gastrointestinais estão entre os cinco que mais levam a essa prática no Brasil e no mundo, sendo os inibidores de bomba de prótons (IBPs) os mais utilizados. Apesar dos efeitos colaterais pelo uso prolongado ainda não serem muito claros, pesquisas recentes indicam relação com aumento de sintomas depressivos, principalmente em idosos.  Além disso, segundo a literatura, pacientes com transtorno psiquiátrico fazem mais uso de medicamentos em geral. Objetivo: Avaliar a automedicação para sintomas dispépticos em pacientes com autorrelato de depressão no serviço público de atenção primária de Curitiba. Método: O estudo utilizou um questionário aplicado pelo Ministério da Saúde para análise do uso de medicações pela população, com perguntas sobre natureza sociocultural, autorrelato e tratamento de doenças crônicas e automedicação nos últimos 15 dias. Foi realizada a análise estatística para avaliar a prevalência de automedicação para sintomas dispépticos nos indivíduos com autorrelato de depressão e seu perfil. Resultado: Foram entrevistados 719 indivíduos, destes 21,4% referiram ter recebido diagnóstico de depressão. Dentre essas pessoas (n=154), 38,3% relataram automedicação para sintomas dispépticos, enquanto entre os pacientes que não relataram depressão (n=565), apenas 26% fizeram, com diferença estatística entre os grupos (p=0,003). A classe de medicamento mais usada foi os IBPs (78%). Das pessoas que fizeram uso de automedicação para sintomas dispépticos, 51,7 % fizeram por sintomas relacionados ao refluxo e 24,1 % por dor. Dentre os indivíduos com autorrelato de depressão, aqueles com IMC >25, diabetes mellitus ou doenças reumáticas apresentaram prática significativamente maior de automedicação para sintomas dispépticos (p<0,05). Conclusão: A prevalência de autorrelato de depressão na atenção primária de Curitiba é maior em relação a literatura. O presente estudo apontou relação positiva entre o autorrelato de depressão e a prática de automedicação para sintomas dispépticos.
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