Avaliação epidemiológica das biópsias cerebrais e cerebelares em hospital do médio Vale do Itajaí no período de 2006 a 2021: Epidemiological evaluation of brain and cerebellary biopsies in a hospital from médio Vale do Itajaí on 2006 to 2021

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Inoue, Thamiris Yumi
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Loos, Beliza, Casemiro, Karla Patrícia, de Souza, Osvaldo Quirino
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
DOI: 10.34117/bjdv8n10-097
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/52872
Resumo: Introdução: As neoplasias primárias malignas do Sistema Nervoso Central (SNC) representam 1,49% de todas as neoplasias. As neoplasias cerebrais, de forma mais genérica, podem ser classificadas em tumores do tecido neuroepitelial (gliomas), tumores germinativos (meduloblastomas e neuroblastomas), tumores dos nervos periféricos, meningiomas e tumores metastáticos. O tumor cerebral primário tem relação com a idade e a localização, enquanto o prognóstico depende do tipo, grau histológico, localização e idade. O Instituto Nacional do Câncer estimou que em 2020, houve 626.030 casos de neoplasias em geral, e 11.100 casos no SNC. A mortalidade registrada para neoplasias malignas do SNC compôs 9.309 óbitos em 2018. Embora a incidência de neoplasias intracranianas seja inferior a dos demais cânceres, os tumores cerebrais assumem grande importância na oncologia e se destacam no âmbito de novas pesquisas e tratamentos. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico das biópsias cerebrais e cerebelares operadas em um hospital do Médio Vale do Itajaí, Santa Catarina, no período de 2006 a 2021.  Métodos: A pesquisa foi transversal, descritiva, exploratória, retrospectiva, com abordagem quantitativa a partir dos dados da Neurocirurgia, com análise de um total de 132 casos, incluindo casos não neoplásicos, neoplasias cerebrais e cerebelares. Dados  foram obtidos no setor de registro hospitalar e registros anatomopatológicos no período de 2006 a 2021, que obedeceram aos critérios de seleção da amostra. Foram excluídos casos de pacientes que não realizaram a biópsia no hospital da pesquisa. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente no Microsoft Excel® e correlacionados em seguida. Os diagnósticos foram separados em não neoplásicos, grau I/II para tumores de baixo grau e grau III e IV para neoplasias de alto grau. Resultados e Discussão: Do total de 132 casos analisados, 24 amostras foram identificadas como não tumorais (incluindo-se abscessos, cistos e hemorragias), 46 amostras como grau I/II e 60 amostras como grau III/IV, além de 2 amostras classificadas como não graduáveis, devido à diagnósticos inconclusivos*. Em relação às biópsias não tumorais, os eventos hemorrágicos foram mais frequentes, com 37% dos casos não neoplásicos. Na análise por gênero, levando-se em consideração neoplasias de grau I e II, o sexo feminino foi o mais prevalente, na proporção de 56:44 (F:M) com média de idade de 47 anos. O sexo masculino foi o mais prevalente para neoplasias de grau III e IV, na proporção de 57:43 (M:F), com média de idade de 52 anos. Comparando-se com números nacionais, para o Brasil, estimam-se 5.870 casos novos de câncer do sistema nervoso central em homens e 5.220 em mulheres, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 5,61 casos novos a cada 100 mil homens e de 4,85 casos novos a cada 100 mil mulheres. Em Santa Catarina, a última taxa bruta de casos de neoplasias do SNC foi de 9,95 casos para cada 100 mil homens e 9,34 casos para cada 100 mil mulheres. Ao analisar os números americanos, de acordo com um estudo realizado pela Central Brain Tumor Registry dos Estados Unidos (CBTRUS), verificou-se que entre os anos de 2012 a 2016, a taxa de de incidência de tumores do SNC foi maior em mulheres em comparação com homens (25,84 versus 20,82), entretanto, quando se analisou a graduação, nas neoplasias malignas o sexo masculino foi mais prevalente. Na análise por graduação e diagnósticos, em nosso estudo, o Meningioma foi o diagnóstico mais encontrado para tumor de grau I/II (58% dos casos) e o Glioblastoma mais frequente em tumores de grau III/IV (53% dos casos). O estudo norte-americano realizado pela CBTRUS, mostrou  que, entre os anos de 2012 a 2016, nos Estados Unidos, a neoplasia benigna do SNC com maior incidência foi o meningioma (37,6%), enquanto entre as neoplasias malignas, foi o glioblastoma (14,6%), portanto sendo compatível com os resultados da nossa pesquisa. Dentre os casos levantados, tivemos alguns dados incompletos por falta de envio de dados clínicos - localização e idade principalmente, e também alguns casos que permaneceram sem diagnóstico conclusivo por falta de autorização para realizar exame imuno-histoquímico, e também um caso com severos artefatos de autólise. Conclusão: Embora as neoplasias primárias malignas sejam altamente fatais, há uma carência de dados sobre a incidência por graduação dos tumores do SNC em Santa Catarina e no Brasil. O sexo masculino teve maior prevalência dentro das neoplasias malignas, estando de acordo com resultados de outras pesquisas e com relação à graduação, meningiomas e glioblastomas foram os tumores cerebrais mais prevalentes na região estudada, o que corrobora com outras revisões de literatura analisadas. Logo, tais dados obtidos poderão auxiliar estudos epidemiológicos futuros.
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A mortalidade registrada para neoplasias malignas do SNC compôs 9.309 óbitos em 2018. Embora a incidência de neoplasias intracranianas seja inferior a dos demais cânceres, os tumores cerebrais assumem grande importância na oncologia e se destacam no âmbito de novas pesquisas e tratamentos. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico das biópsias cerebrais e cerebelares operadas em um hospital do Médio Vale do Itajaí, Santa Catarina, no período de 2006 a 2021.  Métodos: A pesquisa foi transversal, descritiva, exploratória, retrospectiva, com abordagem quantitativa a partir dos dados da Neurocirurgia, com análise de um total de 132 casos, incluindo casos não neoplásicos, neoplasias cerebrais e cerebelares. Dados  foram obtidos no setor de registro hospitalar e registros anatomopatológicos no período de 2006 a 2021, que obedeceram aos critérios de seleção da amostra. Foram excluídos casos de pacientes que não realizaram a biópsia no hospital da pesquisa. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente no Microsoft Excel® e correlacionados em seguida. Os diagnósticos foram separados em não neoplásicos, grau I/II para tumores de baixo grau e grau III e IV para neoplasias de alto grau. Resultados e Discussão: Do total de 132 casos analisados, 24 amostras foram identificadas como não tumorais (incluindo-se abscessos, cistos e hemorragias), 46 amostras como grau I/II e 60 amostras como grau III/IV, além de 2 amostras classificadas como não graduáveis, devido à diagnósticos inconclusivos*. Em relação às biópsias não tumorais, os eventos hemorrágicos foram mais frequentes, com 37% dos casos não neoplásicos. Na análise por gênero, levando-se em consideração neoplasias de grau I e II, o sexo feminino foi o mais prevalente, na proporção de 56:44 (F:M) com média de idade de 47 anos. O sexo masculino foi o mais prevalente para neoplasias de grau III e IV, na proporção de 57:43 (M:F), com média de idade de 52 anos. Comparando-se com números nacionais, para o Brasil, estimam-se 5.870 casos novos de câncer do sistema nervoso central em homens e 5.220 em mulheres, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 5,61 casos novos a cada 100 mil homens e de 4,85 casos novos a cada 100 mil mulheres. Em Santa Catarina, a última taxa bruta de casos de neoplasias do SNC foi de 9,95 casos para cada 100 mil homens e 9,34 casos para cada 100 mil mulheres. Ao analisar os números americanos, de acordo com um estudo realizado pela Central Brain Tumor Registry dos Estados Unidos (CBTRUS), verificou-se que entre os anos de 2012 a 2016, a taxa de de incidência de tumores do SNC foi maior em mulheres em comparação com homens (25,84 versus 20,82), entretanto, quando se analisou a graduação, nas neoplasias malignas o sexo masculino foi mais prevalente. Na análise por graduação e diagnósticos, em nosso estudo, o Meningioma foi o diagnóstico mais encontrado para tumor de grau I/II (58% dos casos) e o Glioblastoma mais frequente em tumores de grau III/IV (53% dos casos). O estudo norte-americano realizado pela CBTRUS, mostrou  que, entre os anos de 2012 a 2016, nos Estados Unidos, a neoplasia benigna do SNC com maior incidência foi o meningioma (37,6%), enquanto entre as neoplasias malignas, foi o glioblastoma (14,6%), portanto sendo compatível com os resultados da nossa pesquisa. Dentre os casos levantados, tivemos alguns dados incompletos por falta de envio de dados clínicos - localização e idade principalmente, e também alguns casos que permaneceram sem diagnóstico conclusivo por falta de autorização para realizar exame imuno-histoquímico, e também um caso com severos artefatos de autólise. Conclusão: Embora as neoplasias primárias malignas sejam altamente fatais, há uma carência de dados sobre a incidência por graduação dos tumores do SNC em Santa Catarina e no Brasil. O sexo masculino teve maior prevalência dentro das neoplasias malignas, estando de acordo com resultados de outras pesquisas e com relação à graduação, meningiomas e glioblastomas foram os tumores cerebrais mais prevalentes na região estudada, o que corrobora com outras revisões de literatura analisadas. Logo, tais dados obtidos poderão auxiliar estudos epidemiológicos futuros.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-10-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/5287210.34117/bjdv8n10-097Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 10 (2022); 66278-66294Brazilian Journal of Development; Vol. 8 Núm. 10 (2022); 66278-66294Brazilian Journal of Development; v. 8 n. 10 (2022); 66278-662942525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/52872/39421Copyright (c) 2022 Thamiris Yumi Inoue, Beliza Loos, Karla Patrícia Casemiro, Osvaldo Quirino de Souzainfo:eu-repo/semantics/openAccessInoue, Thamiris YumiLoos, BelizaCasemiro, Karla Patríciade Souza, Osvaldo Quirino2022-10-28T18:00:07Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/52872Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:24:56.010455Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false
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