Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Andrade, Nacélia Santos
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: de Mélo, Hirley Rayane Silva Balbino, Dibai-Filho, Almir Vieira, Gomes, Cid André Fidelis de Paula, da Silva, Rogério Barboza, Souza, Cesário da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
DOI: 10.34117/bjdv7n2-113
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24346
Resumo: Introdução: o método de Ponseti é capaz de reduz deformidades do Pé Torto Congênito (PTC) com cerca de cinco a oito semanas consecutivas de avalição e confecção de aparelho gessado, tenotomia do tendão do calcâneo e uso da órtese de Denis-Browne. É um tratamento de baixo custo e há evidência de que a criança acometida tenha melhor desenvolvimento biofísico passando de pés rígidos a flexíveis, tortos a plantígrados, deixando-os, ainda, indolores. O PTC é a deformidade mais comum dos membros inferiores, etiologicamente pode estar associado a síndromes ou doenças definidas ou ser de origem idiopática. Cavo, aduto, varo e equino são as características que diagnosticam essa malformação debilitante, tal malformação é reversível desde que haja junção da dedicação dos profissionais da saúde e dos familiares desde o início do tratamento até os 4 ou 5 anos de idade. Objetivo (s): caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes em tratamento de PTC pelo Método de Ponseti no Núcleo de Assistência do Pé Torto Congênito (NAPTC) na cidade de Maceió. Evidenciar a eficácia do método Ponseti para tratamento do PTC. Metodologia: trata-se de uma pesquisa documental, objetivo descritivo exploratório, sob método hipotético dedutivo, com abordagem qualitativa e quantitativa, sendo realizada com procedimentos bibliográficos, documentais e coleta de dados por meio de um estudo transversal prospectivo possibilitado por análise de prontuários do Núcleo de Assistência ao Pé Torto Congênito (NAPTC) no Hospital Veredas em Maceió, Alagoas. Resultados: foram analisados 58 prontuários, sendo 38 homens e 21 mulheres. A faixa etária predominante é de um ano de idade, variando de 6 meses de vida aos 14 anos de idade. 60,35% foram acometidos bilateralmente. A porcentagem de PTC idiopático foi superior, 84,5%, que representa 49 crianças; já o PTC não idiopático em nove crianças. Dentre as classificações, o PTC idiopático foi tratado pela primeira vez em 40 pacientes e oito pela segunda vez, chamados PTC recidivado. Quanto ao PTC teratológico houve destaque das patologias associadas mais comum, são elas: mielomeningocele, artrogripose e paralisia cerebral, síndrome congênita pelo Zika vírus, síndrome de Pierre-Robin, além de deformidades associadas: luxação congênita de quadris, joelhos e punhos, deformidade em flexo de punhos e quirodáctilos. Sabe-se que o PTC de origem não idiopática é mais rígido e comumente conhecido por difícil resolução. Com o método de Ponseti a média de trocas dos gessos foi semelhante. 8,65 trocas para PTC idiopático e 8,66 para PTC teratológico. Houve adesão ao tratamento em 79,31% dos casos, estes atingiram o alvo terapêutico. Conclusão (ões): o PTC congênito, idiopático ou não idiopático, é corrigido pelo método Ponseti com comprovação de sucesso quando há aplicação da técnica correta, participação ativa do paciente, da equipe multiprofissional e da família. Não houveram acréscimos à técnica descrita por Ignácio Ponseti, sendo individualizado cada caso de acordo com o grau de redução das deformidades semanalmente. Além disso, deve-se ressaltar o trabalho incrível do NAPTC por dar a chance de uma vida sem limitações aos pacientes que dele se beneficiam.
id VERACRUZ-0_f2c392a596bac85dc7e1eb8954e57818
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/24346
network_acronym_str VERACRUZ-0
network_name_str Revista Veras
spelling Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipalityDeformidades Congênitas do PéMétodo de PonsetiPé Equinovaro.Introdução: o método de Ponseti é capaz de reduz deformidades do Pé Torto Congênito (PTC) com cerca de cinco a oito semanas consecutivas de avalição e confecção de aparelho gessado, tenotomia do tendão do calcâneo e uso da órtese de Denis-Browne. É um tratamento de baixo custo e há evidência de que a criança acometida tenha melhor desenvolvimento biofísico passando de pés rígidos a flexíveis, tortos a plantígrados, deixando-os, ainda, indolores. O PTC é a deformidade mais comum dos membros inferiores, etiologicamente pode estar associado a síndromes ou doenças definidas ou ser de origem idiopática. Cavo, aduto, varo e equino são as características que diagnosticam essa malformação debilitante, tal malformação é reversível desde que haja junção da dedicação dos profissionais da saúde e dos familiares desde o início do tratamento até os 4 ou 5 anos de idade. Objetivo (s): caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes em tratamento de PTC pelo Método de Ponseti no Núcleo de Assistência do Pé Torto Congênito (NAPTC) na cidade de Maceió. Evidenciar a eficácia do método Ponseti para tratamento do PTC. Metodologia: trata-se de uma pesquisa documental, objetivo descritivo exploratório, sob método hipotético dedutivo, com abordagem qualitativa e quantitativa, sendo realizada com procedimentos bibliográficos, documentais e coleta de dados por meio de um estudo transversal prospectivo possibilitado por análise de prontuários do Núcleo de Assistência ao Pé Torto Congênito (NAPTC) no Hospital Veredas em Maceió, Alagoas. Resultados: foram analisados 58 prontuários, sendo 38 homens e 21 mulheres. A faixa etária predominante é de um ano de idade, variando de 6 meses de vida aos 14 anos de idade. 60,35% foram acometidos bilateralmente. A porcentagem de PTC idiopático foi superior, 84,5%, que representa 49 crianças; já o PTC não idiopático em nove crianças. Dentre as classificações, o PTC idiopático foi tratado pela primeira vez em 40 pacientes e oito pela segunda vez, chamados PTC recidivado. Quanto ao PTC teratológico houve destaque das patologias associadas mais comum, são elas: mielomeningocele, artrogripose e paralisia cerebral, síndrome congênita pelo Zika vírus, síndrome de Pierre-Robin, além de deformidades associadas: luxação congênita de quadris, joelhos e punhos, deformidade em flexo de punhos e quirodáctilos. Sabe-se que o PTC de origem não idiopática é mais rígido e comumente conhecido por difícil resolução. Com o método de Ponseti a média de trocas dos gessos foi semelhante. 8,65 trocas para PTC idiopático e 8,66 para PTC teratológico. Houve adesão ao tratamento em 79,31% dos casos, estes atingiram o alvo terapêutico. Conclusão (ões): o PTC congênito, idiopático ou não idiopático, é corrigido pelo método Ponseti com comprovação de sucesso quando há aplicação da técnica correta, participação ativa do paciente, da equipe multiprofissional e da família. Não houveram acréscimos à técnica descrita por Ignácio Ponseti, sendo individualizado cada caso de acordo com o grau de redução das deformidades semanalmente. Além disso, deve-se ressaltar o trabalho incrível do NAPTC por dar a chance de uma vida sem limitações aos pacientes que dele se beneficiam.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-02-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/2434610.34117/bjdv7n2-113Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 2 (2021); 13384-13395Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 2 (2021); 13384-13395Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 2 (2021); 13384-133952525-876110.34117/bjdv.v7i2reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24346/19450Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Andrade, Nacélia Santosde Mélo, Hirley Rayane Silva BalbinoDibai-Filho, Almir VieiraGomes, Cid André Fidelis de Paulada Silva, Rogério BarbozaSouza, Cesário da Silva2022-06-24T19:06:02Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/24346Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:13:22.949605Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false
dc.title.none.fl_str_mv Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
title Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
spellingShingle Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
de Andrade, Nacélia Santos
Deformidades Congênitas do Pé
Método de Ponseti
Pé Equinovaro.
de Andrade, Nacélia Santos
Deformidades Congênitas do Pé
Método de Ponseti
Pé Equinovaro.
title_short Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
title_full Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
title_fullStr Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
title_full_unstemmed Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
title_sort Método Ponseti como forma de tratamento de pé torto congênito em um município Brasileiro / Ponseti method as a form of congenital clubfoot treatment in a Brazilian municipality
author de Andrade, Nacélia Santos
author_facet de Andrade, Nacélia Santos
de Andrade, Nacélia Santos
de Mélo, Hirley Rayane Silva Balbino
Dibai-Filho, Almir Vieira
Gomes, Cid André Fidelis de Paula
da Silva, Rogério Barboza
Souza, Cesário da Silva
de Mélo, Hirley Rayane Silva Balbino
Dibai-Filho, Almir Vieira
Gomes, Cid André Fidelis de Paula
da Silva, Rogério Barboza
Souza, Cesário da Silva
author_role author
author2 de Mélo, Hirley Rayane Silva Balbino
Dibai-Filho, Almir Vieira
Gomes, Cid André Fidelis de Paula
da Silva, Rogério Barboza
Souza, Cesário da Silva
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv de Andrade, Nacélia Santos
de Mélo, Hirley Rayane Silva Balbino
Dibai-Filho, Almir Vieira
Gomes, Cid André Fidelis de Paula
da Silva, Rogério Barboza
Souza, Cesário da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Deformidades Congênitas do Pé
Método de Ponseti
Pé Equinovaro.
topic Deformidades Congênitas do Pé
Método de Ponseti
Pé Equinovaro.
description Introdução: o método de Ponseti é capaz de reduz deformidades do Pé Torto Congênito (PTC) com cerca de cinco a oito semanas consecutivas de avalição e confecção de aparelho gessado, tenotomia do tendão do calcâneo e uso da órtese de Denis-Browne. É um tratamento de baixo custo e há evidência de que a criança acometida tenha melhor desenvolvimento biofísico passando de pés rígidos a flexíveis, tortos a plantígrados, deixando-os, ainda, indolores. O PTC é a deformidade mais comum dos membros inferiores, etiologicamente pode estar associado a síndromes ou doenças definidas ou ser de origem idiopática. Cavo, aduto, varo e equino são as características que diagnosticam essa malformação debilitante, tal malformação é reversível desde que haja junção da dedicação dos profissionais da saúde e dos familiares desde o início do tratamento até os 4 ou 5 anos de idade. Objetivo (s): caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes em tratamento de PTC pelo Método de Ponseti no Núcleo de Assistência do Pé Torto Congênito (NAPTC) na cidade de Maceió. Evidenciar a eficácia do método Ponseti para tratamento do PTC. Metodologia: trata-se de uma pesquisa documental, objetivo descritivo exploratório, sob método hipotético dedutivo, com abordagem qualitativa e quantitativa, sendo realizada com procedimentos bibliográficos, documentais e coleta de dados por meio de um estudo transversal prospectivo possibilitado por análise de prontuários do Núcleo de Assistência ao Pé Torto Congênito (NAPTC) no Hospital Veredas em Maceió, Alagoas. Resultados: foram analisados 58 prontuários, sendo 38 homens e 21 mulheres. A faixa etária predominante é de um ano de idade, variando de 6 meses de vida aos 14 anos de idade. 60,35% foram acometidos bilateralmente. A porcentagem de PTC idiopático foi superior, 84,5%, que representa 49 crianças; já o PTC não idiopático em nove crianças. Dentre as classificações, o PTC idiopático foi tratado pela primeira vez em 40 pacientes e oito pela segunda vez, chamados PTC recidivado. Quanto ao PTC teratológico houve destaque das patologias associadas mais comum, são elas: mielomeningocele, artrogripose e paralisia cerebral, síndrome congênita pelo Zika vírus, síndrome de Pierre-Robin, além de deformidades associadas: luxação congênita de quadris, joelhos e punhos, deformidade em flexo de punhos e quirodáctilos. Sabe-se que o PTC de origem não idiopática é mais rígido e comumente conhecido por difícil resolução. Com o método de Ponseti a média de trocas dos gessos foi semelhante. 8,65 trocas para PTC idiopático e 8,66 para PTC teratológico. Houve adesão ao tratamento em 79,31% dos casos, estes atingiram o alvo terapêutico. Conclusão (ões): o PTC congênito, idiopático ou não idiopático, é corrigido pelo método Ponseti com comprovação de sucesso quando há aplicação da técnica correta, participação ativa do paciente, da equipe multiprofissional e da família. Não houveram acréscimos à técnica descrita por Ignácio Ponseti, sendo individualizado cada caso de acordo com o grau de redução das deformidades semanalmente. Além disso, deve-se ressaltar o trabalho incrível do NAPTC por dar a chance de uma vida sem limitações aos pacientes que dele se beneficiam.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-02-08
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24346
10.34117/bjdv7n2-113
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24346
identifier_str_mv 10.34117/bjdv7n2-113
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24346/19450
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Development
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Development
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 2 (2021); 13384-13395
Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 2 (2021); 13384-13395
Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 2 (2021); 13384-13395
2525-8761
10.34117/bjdv.v7i2
reponame:Revista Veras
instname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
instacron:VERACRUZ
instname_str Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
instacron_str VERACRUZ
institution VERACRUZ
reponame_str Revista Veras
collection Revista Veras
repository.name.fl_str_mv Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
repository.mail.fl_str_mv ||revistaveras@veracruz.edu.br
_version_ 1822183736563728384
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.34117/bjdv7n2-113