Manejo do delirium na emergência: Um panorama atualizado / Delirium management in the emergency department: An updated overview

• Autor(a) principal: Pontes, Thiago Araújo
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Gomes, Giovanna Cozza Guerrera, de Almeida, Laisy Amorim Farias, Gomes, Luis Henrique Alves, Lopes, Gabriela Moreira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/38917
• topic: Delirium; Psiquiatria Geriátrica; Emergências; Administração dos Cuidados ao Paciente.

INTRODUÇÃO: O delirium é um quadro emergencial caracterizado como uma desordem aguda da atenção e cognição, que culmina na perda de independência e aumento da morbimortalidade, sendo o distúrbio psiquiátrico mais comum em pacientes idosos no contexto hospitalar. Pode ser relacionado a doença aguda grave, polifarmácia, desidratação, distúrbios metabólicos, desnutrição e cirurgias. Sabe-se que a população idosa apresenta maiores taxas de incidência de delirium, que associadas à doenças graves ou outras comorbidades conferem aos pacientes um tempo maior de internamento com aumento nos índices de morbidade. Os erros comuns no diagnóstico na emergência contribuem para maus prognósticos. OBJETIVO: Compreender o quadro de delirium na emergência e elucidar o manejo de pacientes nestas circunstâncias, com intuito de trazer uma revisão atualizada do tema. MÉTODO: O presente trabalho é uma revisão integrativa nas bases de dados Medline (via Pubmed), Scielo, Lilacs (Via BVS) e Cochrane Library. O delirium por abstinência alcoólica e delirium secundário a acometimentos neurológicos foram critérios de exclusão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram encontrados 94 artigos, dos quais 20 foram selecionados após a leitura do título, 11 artigos foram relevantes após a leitura do resumo e incluídos nesta revisão. O Delirium é uma síndrome aguda de disfunção cerebral comumente encontrada na emergência. Ademais, ele faz parte do checklist de avaliação de qualquer pós-cirúrgico, uma vez que sua presença se associa a uma grande morbimortalidade e pode se estender por até uma década depois da cirurgia. Assim, a melhor conduta é a prevenção, que, em ambiente cirúrgico, se dá através do uso de anestesias IV clinicamente, de anestesia geral com base em voláteis e da preferência para as anestesias regionais quando possível. No contexto atual de pandemia pela Covid-19, o Delirium tem sido relatado em 20-65% dos pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, em especial naqueles com prévio declínio das ordens mentais. CONCLUSÃO: É importante o aperfeiçoamento e compreensão dos médicos acerca dos diferentes sintomas e danos psicológicos de longo prazo do Delirium, em vista de maior suporte e informação direcionados à pacientes de risco, cuidadores e familiares.