Afetividade como estratégia para trabalhar com as diferenças na Educação Infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vanires Vania Francisco
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FSGEZ
Resumo: Esta monografia é resultado de uma pesquisa desenvolvida com o objetivo de compreender a afetividade como estratégia para trabalhar com a diferença dentro do universo da educação infantil. Entendemos a escola como espaço não só para ensinar o currículo, mas principalmente para ensinar a respeitar as diferenças e isso se dá também através do exercício do afeto e da afetividade. O nosso objetivo nessa pesquisa, portanto, foi compreender as interações entre as relações afetivas e os conceitos e práticas de inclusão na diversidade na educação infantil. Para a discussão teórica, recorremos principalmente a Wallon, Piaget, Maturana e Vigotsky. Priorizamos, nesta pesquisa, a discussão sobre as concepções de diversidade e afetividade e acreditamos que todos, independentemente das peculiaridades que possuem, podem conviver num mesmo ambiente, de maneira respeitosa e produtiva desde que esta convivência seja perpassada pelas relações de afeto. A pesquisa foi desenvolvida em uma unidade de educação infantil, situada no bairro Riacho, na cidade de Contagem. A metodologia que utilizamos foi o estudo de caso e tivemos como sujeitos duas crianças consideradas mais diferentes. Como instrumentos metodológicos foram utilizados observação, aplicação de questionário e entrevista com professor, análise de documentos da secretaria da escola e registros fotográficos. Além disso, foi realizada uma intervenção envolvendo as crianças pesquisadas em atividades como Roda de Conversa, utilizando desenho, massinha, recorte e colagem. Com relação a uma das crianças, as intervenções ficaram comprometidas pela baixa frequência da mesma, mas com a outra criança, os resultados indicaram uma mudança significativa de comportamento, pois passou a se movimentar e expressar com mais segurança e autonomia tanto no seu grupo de origem, quanto nos momentos de recreio e atividades coletivas. Como considerações finais, constatamos que saber reconhecer o outro como legítimo outro, com suas diferenças e peculiaridades, nos limites e possibilidades do afeto, do carinho e do amor nas relações pedagógicas, auxilia significativamente na construção da subjetividade das crianças.
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spelling Merie Bitar MoukacharPaula Cristina David GuimarãesVanires Vania Francisco2019-08-14T12:33:14Z2019-08-14T12:33:14Z2013-11-30http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FSGEZEsta monografia é resultado de uma pesquisa desenvolvida com o objetivo de compreender a afetividade como estratégia para trabalhar com a diferença dentro do universo da educação infantil. Entendemos a escola como espaço não só para ensinar o currículo, mas principalmente para ensinar a respeitar as diferenças e isso se dá também através do exercício do afeto e da afetividade. O nosso objetivo nessa pesquisa, portanto, foi compreender as interações entre as relações afetivas e os conceitos e práticas de inclusão na diversidade na educação infantil. Para a discussão teórica, recorremos principalmente a Wallon, Piaget, Maturana e Vigotsky. Priorizamos, nesta pesquisa, a discussão sobre as concepções de diversidade e afetividade e acreditamos que todos, independentemente das peculiaridades que possuem, podem conviver num mesmo ambiente, de maneira respeitosa e produtiva desde que esta convivência seja perpassada pelas relações de afeto. A pesquisa foi desenvolvida em uma unidade de educação infantil, situada no bairro Riacho, na cidade de Contagem. A metodologia que utilizamos foi o estudo de caso e tivemos como sujeitos duas crianças consideradas mais diferentes. Como instrumentos metodológicos foram utilizados observação, aplicação de questionário e entrevista com professor, análise de documentos da secretaria da escola e registros fotográficos. Além disso, foi realizada uma intervenção envolvendo as crianças pesquisadas em atividades como Roda de Conversa, utilizando desenho, massinha, recorte e colagem. Com relação a uma das crianças, as intervenções ficaram comprometidas pela baixa frequência da mesma, mas com a outra criança, os resultados indicaram uma mudança significativa de comportamento, pois passou a se movimentar e expressar com mais segurança e autonomia tanto no seu grupo de origem, quanto nos momentos de recreio e atividades coletivas. Como considerações finais, constatamos que saber reconhecer o outro como legítimo outro, com suas diferenças e peculiaridades, nos limites e possibilidades do afeto, do carinho e do amor nas relações pedagógicas, auxilia significativamente na construção da subjetividade das crianças.This monograph pictures a survey which aims to understand affectivity as a strategy to work with differences in the realm of child education. We understand the school as an environment not only to teach the syllabuses, but mainly to teach the respect towards differences and this happens also through the exercise of affectivity. Therefore, our goal in this study was to understand the interactions between the affective relations and the concepts and practices of inclusion in the diversity of child education. As theoretical background, we have used mainly Wallon, Piaget, Vygotsky and Maturana. We prioritized the debate on the concepts of diversity and affectivity and we believe that everyone, regardless their personal peculiarities, can coexist in the same environment in a respectful and productive way as long as this coexistence is permeated by relations of affection. The research was conducted at a child education institution, located in a district named Riacho in the city of Contagem. The methodology used was a case study and the subjects were two children who were considered "more different". As methodological tools, we used observations, a questionnaire and a teachers interview, analysis of documents from the school office and photographic records. Moreover, an intervention was carried out involving the surveyed children in activities like group conversation meetings, drawing, using play dough and cutting and pasting. Regarding one of the children, the interventions were jeopardized due to the childs low attendance rate, but with the other child, the results showed a significant change in the behavior, as she started moving around and expressing herself more safely and independently both in her original group, as in leisure moments and in other group activities. As conclusion, we found that to recognize the other as legitimate, with its differences and peculiarities within the limits and possibilities of affection, caring and love throughout a pedagogical relationship, helps to improve the construction of subjectivity in the child.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEducaçãoAfetividadeEducação pre-escolarPsicologia educacionalDesenvolvimentoDiversidadeAfetividadeAfetividade como estratégia para trabalhar com as diferenças na Educação Infantilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALa_afetividade_como_estrat_gia_para_trabalhar_com_a_diversidade_na_ei.pdfapplication/pdf470352https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9FSGEZ/1/a_afetividade_como_estrat_gia_para_trabalhar_com_a_diversidade_na_ei.pdf394e7445f4c8ac09b485943f9d8224d4MD51TEXTa_afetividade_como_estrat_gia_para_trabalhar_com_a_diversidade_na_ei.pdf.txta_afetividade_como_estrat_gia_para_trabalhar_com_a_diversidade_na_ei.pdf.txtExtracted texttext/plain57989https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9FSGEZ/2/a_afetividade_como_estrat_gia_para_trabalhar_com_a_diversidade_na_ei.pdf.txt0e725e904895faf474d52f17c264cc86MD521843/BUBD-9FSGEZ2019-11-14 12:28:52.761oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9FSGEZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:28:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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