Videogravação e videofeedback no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físico
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022022000100213 |
Resumo: | Resumo: Introdução: O ensino de habilidades de exame físico, parte integrante e obrigatória dos currículos de escolas médicas, ocorre, tradicionalmente, com uma abordagem baseada na “demonstração e prática”, e, embora existam outros modelos, não há, até o momento, nenhuma evidência de que um seja superior ao outro. Inovações nessa área são apontadas como caminho para suprir as deficiências de ensino-aprendizagem. Objetivo: Este estudo teve como objetivos descrever a incorporação da videogravação e do videofeedback no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físico e avaliar a eficácia desses recursos. Método: Foi realizado um estudo historicamente controlado antes e depois da intervenção com alunos do primeiro ano de um curso de Medicina. O grupo de intervenção, em que se aplicaram a videogravação e o videofeedback, foi constituído de 91 alunos do semestre 2019.2, e o grupo controle contou com 72 alunos do semestre 2018.1. Ambas as turmas realizaram duas avaliações teóricas somativas (T1 e T2) e duas práticas, no formato de um exame clínico objetivo estruturado (OSCE). Na análise estatística comparativa das notas de ambas as turmas, utilizaram-se os testes não paramétricos da soma de postos de Wilcoxon-Mann-Whitney. Resultado: A mediana das notas das avaliações práticas (primeiro e segundo OSCEs) de 2019 foram maiores do que as de 2018. Constatou-se ainda que a turma de 2019 teve uma evolução positiva das suas notas práticas passando de uma mediana de 11,6 no primeiro OSCE para 13,85 no segundo OSCE, o que também ocorreu com as provas teóricas (p < 0,05). Já na turma de 2018, houve queda da mediana das notas da T1 para T2 e do primeiro OSCE para o segundo OSCE, mas sem significância estatística. Conclusão: A incorporação da videogravação e videofeedback no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físico entre graduandos do primeiro ano do curso de Medicina, em ambientes simulados, mostrou-se efetiva na melhora do desempenho dos discentes em avaliações teóricas e práticas. Essa abordagem se mostra ainda como meio de desenvolvimento e aplicação de uma aprendizagem motora observacional, reflexiva, experiencial e da metacognição no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físico entre estudantes de Medicina. |
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Videogravação e videofeedback no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físicoExame FísicoHabilidadesGravação em VídeoFeedbackEducação MédicaResumo: Introdução: O ensino de habilidades de exame físico, parte integrante e obrigatória dos currículos de escolas médicas, ocorre, tradicionalmente, com uma abordagem baseada na “demonstração e prática”, e, embora existam outros modelos, não há, até o momento, nenhuma evidência de que um seja superior ao outro. Inovações nessa área são apontadas como caminho para suprir as deficiências de ensino-aprendizagem. Objetivo: Este estudo teve como objetivos descrever a incorporação da videogravação e do videofeedback no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físico e avaliar a eficácia desses recursos. Método: Foi realizado um estudo historicamente controlado antes e depois da intervenção com alunos do primeiro ano de um curso de Medicina. O grupo de intervenção, em que se aplicaram a videogravação e o videofeedback, foi constituído de 91 alunos do semestre 2019.2, e o grupo controle contou com 72 alunos do semestre 2018.1. Ambas as turmas realizaram duas avaliações teóricas somativas (T1 e T2) e duas práticas, no formato de um exame clínico objetivo estruturado (OSCE). Na análise estatística comparativa das notas de ambas as turmas, utilizaram-se os testes não paramétricos da soma de postos de Wilcoxon-Mann-Whitney. Resultado: A mediana das notas das avaliações práticas (primeiro e segundo OSCEs) de 2019 foram maiores do que as de 2018. Constatou-se ainda que a turma de 2019 teve uma evolução positiva das suas notas práticas passando de uma mediana de 11,6 no primeiro OSCE para 13,85 no segundo OSCE, o que também ocorreu com as provas teóricas (p < 0,05). Já na turma de 2018, houve queda da mediana das notas da T1 para T2 e do primeiro OSCE para o segundo OSCE, mas sem significância estatística. Conclusão: A incorporação da videogravação e videofeedback no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físico entre graduandos do primeiro ano do curso de Medicina, em ambientes simulados, mostrou-se efetiva na melhora do desempenho dos discentes em avaliações teóricas e práticas. Essa abordagem se mostra ainda como meio de desenvolvimento e aplicação de uma aprendizagem motora observacional, reflexiva, experiencial e da metacognição no ensino-aprendizagem de habilidades de exame físico entre estudantes de Medicina.Associação Brasileira de Educação Médica2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022022000100213Revista Brasileira de Educação Médica v.46 n.1 2022reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online)instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)instacron:ABEM10.1590/1981-5271v46.1-20210141info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Leonam CostaPaz,Francisco Lucas Lima daMedeiros,Ana Andreza AlbuquerqueConceição,Eduardo PintoGuimarães,Any Carolina CardosoPinto,Antonione Santos Bezerrapor2022-02-21T00:00:00Zoai:scielo:S0100-55022022000100213Revistahttp://www.educacaomedica.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br1981-52710100-5502opendoar:2022-02-21T00:00Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)false |
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