Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000400036 |
Resumo: | RESUMO Introdução A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia de ensino-aprendizagem que tem sido incorporada aos currículos das escolas médicas que priorizam o estudante no centro da discussão. O diagnóstico e a mensuração das estratégias de estudo e aprendizagem constituem um dos aspectos fundamentais à melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Objetivo O estudo teve como objetivo identificar as estratégias do discente em desenvolver seu estudo autodirigido, avaliando a utilização de ferramentas úteis no contexto do seu ensino-aprendizagem. Metodologia Foi realizado um estudo transversal observacional descritivo e analítico, aplicando-se 348 questionários a alunos de um curso de Medicina, uniformemente distribuídos do segundo ao nono semestres. Os questionários, do tipo Likert, foram direcionados para investigar as estratégias utilizadas no estudo individual e sua percepção desses alunos em relação à aprendizagem. A análise estatística foi feita por diferentes métodos, de acordo com as variáveis e categorias observadas, e executada com auxílio do software BioEstat 5.45. Resultados com p ≤ 0,05 (bilateral) foram considerados significativos. Resultados A média de idade foi de 22,7 anos, com 57,3% de mulheres. A maioria mostrou hábito de estudo superior a três vezes por semana (72,2%), em lugares fixos, sobretudo na biblioteca (96,8%). A maioria dos alunos dispunha de recursos eletrônicos para acessar a internet. A maioria dos respondentes (43,6%) utilizou muito pouco o recurso de videoaula. Cinquenta por cento dos alunos julgaram fácil cumprir o horário de estudo e evitaram situações que desviavam sua atenção. Cinquenta por cento deles estudaram sozinhos todos os objetivos e mantiveram foco nos mesmos. O uso do mapa conceitual não foi frequente, mas a maioria elaborou esquemas durante o estudo. Para a maioria dos estudantes, a busca de artigos científicos no idioma inglês aconteceu apenas em 50% das vezes. Apenas 25% dos alunos fizeram “sempre” a síntese do estudo em forma de resumo. No mínimo 25% dos estudantes utilizaram mais de um livro-texto em seus estudos, e o acesso a artigos por meio de plataformas de bases de dados científicos ocorreu “sempre”. Em relação ao uso de apostilas comerciais e resumos não próprios, até 75% dos alunos responderam que isso ocorre em aproximadamente “50% das vezes”. A autopercepção da retenção do conhecimento, para 50% dos estudantes, ocorreu “cerca de 50% das vezes” ou com “muita frequência”. Conclusão Alunos deste estudo que trabalham com a metodologia ABP utilizaram recursos apropriados para seu estudo, planejando e organizando sua aprendizagem. O hábito de planejar o estudo esteve positivamente associado às melhores estratégias de aprendizagem e à busca por fontes de melhor qualidade técnica, resultando em maior percepção da retenção do conhecimento pelo aluno. Como houve falhas nas estratégias de aprendizagem, sugere-se a criação de um guia de orientações de autoaprendizagem para auxiliar o aluno no desempenho de seu estudo. |
id |
ABEM-1_0ce8e5c8864b9ae31be37523ecd29727 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-55022019000400036 |
network_acronym_str |
ABEM-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – ParáAprendizagemAprendizagem Baseada em ProblemasEstratégiasRESUMO Introdução A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia de ensino-aprendizagem que tem sido incorporada aos currículos das escolas médicas que priorizam o estudante no centro da discussão. O diagnóstico e a mensuração das estratégias de estudo e aprendizagem constituem um dos aspectos fundamentais à melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Objetivo O estudo teve como objetivo identificar as estratégias do discente em desenvolver seu estudo autodirigido, avaliando a utilização de ferramentas úteis no contexto do seu ensino-aprendizagem. Metodologia Foi realizado um estudo transversal observacional descritivo e analítico, aplicando-se 348 questionários a alunos de um curso de Medicina, uniformemente distribuídos do segundo ao nono semestres. Os questionários, do tipo Likert, foram direcionados para investigar as estratégias utilizadas no estudo individual e sua percepção desses alunos em relação à aprendizagem. A análise estatística foi feita por diferentes métodos, de acordo com as variáveis e categorias observadas, e executada com auxílio do software BioEstat 5.45. Resultados com p ≤ 0,05 (bilateral) foram considerados significativos. Resultados A média de idade foi de 22,7 anos, com 57,3% de mulheres. A maioria mostrou hábito de estudo superior a três vezes por semana (72,2%), em lugares fixos, sobretudo na biblioteca (96,8%). A maioria dos alunos dispunha de recursos eletrônicos para acessar a internet. A maioria dos respondentes (43,6%) utilizou muito pouco o recurso de videoaula. Cinquenta por cento dos alunos julgaram fácil cumprir o horário de estudo e evitaram situações que desviavam sua atenção. Cinquenta por cento deles estudaram sozinhos todos os objetivos e mantiveram foco nos mesmos. O uso do mapa conceitual não foi frequente, mas a maioria elaborou esquemas durante o estudo. Para a maioria dos estudantes, a busca de artigos científicos no idioma inglês aconteceu apenas em 50% das vezes. Apenas 25% dos alunos fizeram “sempre” a síntese do estudo em forma de resumo. No mínimo 25% dos estudantes utilizaram mais de um livro-texto em seus estudos, e o acesso a artigos por meio de plataformas de bases de dados científicos ocorreu “sempre”. Em relação ao uso de apostilas comerciais e resumos não próprios, até 75% dos alunos responderam que isso ocorre em aproximadamente “50% das vezes”. A autopercepção da retenção do conhecimento, para 50% dos estudantes, ocorreu “cerca de 50% das vezes” ou com “muita frequência”. Conclusão Alunos deste estudo que trabalham com a metodologia ABP utilizaram recursos apropriados para seu estudo, planejando e organizando sua aprendizagem. O hábito de planejar o estudo esteve positivamente associado às melhores estratégias de aprendizagem e à busca por fontes de melhor qualidade técnica, resultando em maior percepção da retenção do conhecimento pelo aluno. Como houve falhas nas estratégias de aprendizagem, sugere-se a criação de um guia de orientações de autoaprendizagem para auxiliar o aluno no desempenho de seu estudo.Associação Brasileira de Educação Médica2019-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000400036Revista Brasileira de Educação Médica v.43 n.4 2019reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online)instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)instacron:ABEM10.1590/1981-52712015v43n4rb20180190info:eu-repo/semantics/openAccessBarreto,Irma Douglas PaesGomes,Patrick AbdalaFurlaneto,Ismari PeriniBarreto,Brunopor2019-10-09T00:00:00Zoai:scielo:S0100-55022019000400036Revistahttp://www.educacaomedica.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br1981-52710100-5502opendoar:2019-10-09T00:00Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará |
title |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará |
spellingShingle |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará Barreto,Irma Douglas Paes Aprendizagem Aprendizagem Baseada em Problemas Estratégias |
title_short |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará |
title_full |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará |
title_fullStr |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará |
title_full_unstemmed |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará |
title_sort |
Avaliação das Estratégias de Autoaprendizagem em Alunos de um Curso de Medicina em Belém – Pará |
author |
Barreto,Irma Douglas Paes |
author_facet |
Barreto,Irma Douglas Paes Gomes,Patrick Abdala Furlaneto,Ismari Perini Barreto,Bruno |
author_role |
author |
author2 |
Gomes,Patrick Abdala Furlaneto,Ismari Perini Barreto,Bruno |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Barreto,Irma Douglas Paes Gomes,Patrick Abdala Furlaneto,Ismari Perini Barreto,Bruno |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Aprendizagem Aprendizagem Baseada em Problemas Estratégias |
topic |
Aprendizagem Aprendizagem Baseada em Problemas Estratégias |
description |
RESUMO Introdução A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia de ensino-aprendizagem que tem sido incorporada aos currículos das escolas médicas que priorizam o estudante no centro da discussão. O diagnóstico e a mensuração das estratégias de estudo e aprendizagem constituem um dos aspectos fundamentais à melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Objetivo O estudo teve como objetivo identificar as estratégias do discente em desenvolver seu estudo autodirigido, avaliando a utilização de ferramentas úteis no contexto do seu ensino-aprendizagem. Metodologia Foi realizado um estudo transversal observacional descritivo e analítico, aplicando-se 348 questionários a alunos de um curso de Medicina, uniformemente distribuídos do segundo ao nono semestres. Os questionários, do tipo Likert, foram direcionados para investigar as estratégias utilizadas no estudo individual e sua percepção desses alunos em relação à aprendizagem. A análise estatística foi feita por diferentes métodos, de acordo com as variáveis e categorias observadas, e executada com auxílio do software BioEstat 5.45. Resultados com p ≤ 0,05 (bilateral) foram considerados significativos. Resultados A média de idade foi de 22,7 anos, com 57,3% de mulheres. A maioria mostrou hábito de estudo superior a três vezes por semana (72,2%), em lugares fixos, sobretudo na biblioteca (96,8%). A maioria dos alunos dispunha de recursos eletrônicos para acessar a internet. A maioria dos respondentes (43,6%) utilizou muito pouco o recurso de videoaula. Cinquenta por cento dos alunos julgaram fácil cumprir o horário de estudo e evitaram situações que desviavam sua atenção. Cinquenta por cento deles estudaram sozinhos todos os objetivos e mantiveram foco nos mesmos. O uso do mapa conceitual não foi frequente, mas a maioria elaborou esquemas durante o estudo. Para a maioria dos estudantes, a busca de artigos científicos no idioma inglês aconteceu apenas em 50% das vezes. Apenas 25% dos alunos fizeram “sempre” a síntese do estudo em forma de resumo. No mínimo 25% dos estudantes utilizaram mais de um livro-texto em seus estudos, e o acesso a artigos por meio de plataformas de bases de dados científicos ocorreu “sempre”. Em relação ao uso de apostilas comerciais e resumos não próprios, até 75% dos alunos responderam que isso ocorre em aproximadamente “50% das vezes”. A autopercepção da retenção do conhecimento, para 50% dos estudantes, ocorreu “cerca de 50% das vezes” ou com “muita frequência”. Conclusão Alunos deste estudo que trabalham com a metodologia ABP utilizaram recursos apropriados para seu estudo, planejando e organizando sua aprendizagem. O hábito de planejar o estudo esteve positivamente associado às melhores estratégias de aprendizagem e à busca por fontes de melhor qualidade técnica, resultando em maior percepção da retenção do conhecimento pelo aluno. Como houve falhas nas estratégias de aprendizagem, sugere-se a criação de um guia de orientações de autoaprendizagem para auxiliar o aluno no desempenho de seu estudo. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000400036 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000400036 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1981-52712015v43n4rb20180190 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Educação Médica |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Educação Médica |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Educação Médica v.43 n.4 2019 reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online) instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) instacron:ABEM |
instname_str |
Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) |
instacron_str |
ABEM |
institution |
ABEM |
reponame_str |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br |
_version_ |
1754303007432900608 |