Consumo de Estimulantes Cerebrais por Estudantes em Instituições de Ensino de Montes Claros/MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana,Luíza Côrtes
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Ramos,Andreza Neves, Azevedo,Bruna Lopes de, Neves,Inácio Luiz Morais, Lima,Mateus Magalhães, Oliveira,Marcos Vinícius Macedo de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022020000100221
Resumo: Resumo: Introdução: A entrada dos jovens na universidade gera uma mudança de ambiente e costumes, tornando-se um período de grande vulnerabilidade para o uso de substâncias psicoativas. O objetivo deste estudo foi analisar o uso de substâncias psicoativas por estudantes de graduação e pré-vestibulandos, de Montes Claros-MG. Métodos: Foi realizado um estudo quantitativo, transversal, que avaliou 348 estudantes, em instituições de ensino pré-vestibular (52 estudantes) e superior (98 de Engenharia Civil, 68 de Medicina e 130 de Direito), da cidade de Montes Claros, em Minas Gerais, analisando fatores associados ao uso de psicoestimulantes. Para a obtenção dos dados, utilizou-se um questionário padronizado e validado de autopreenchimento. Obtiveram-se informações sobre o uso de metilfenidato (Ritalina®), cafeína, pó de guaraná, modafinila, piracetam, energético, anfetamina e ecstasy. Resultados: Dos 348 estudantes entrevistados, cerca de 53,7% faziam uso de algum psicoestimulante. Houve um maior uso de substâncias psicoativas nos participantes do grupo do pré-vestibular (75%) em relação ao ensino superior (50%). Observou-se uma maior prevalência do uso atual de cafeína (63,5%) e de pó de guaraná (11,5%) entre os estudantes de pré-vestibular, e de ecstasy (1,7%) e cloridrato de metilfenidato (1,9%) entre os estudantes de ensino superior. A redução do sono (64,9%) foi o efeito mais percebido pelos usuários de estimulantes cerebrais do ensino superior, seguido de melhora na concentração (48%), no bem-estar (45,3%) e no raciocínio (38,5%), redução da fadiga (33,1%), melhora na memória (23,6%) e redução do estresse (23%). Entretanto, nos estudantes do pré-vestibular apenas a melhora no raciocínio (43,6%) e a redução do estresse (23%) obtiveram relevância significativa. Conclusões: Foi possível observar uma maior prevalência do uso de psicoestimulantes nos pré-vestibulandos em relação ao grupo dos universitários. Entre as áreas do ensino superior, não foram encontradas diferenças quanto ao uso dos estimulantes cerebrais pesquisados. É preciso destacar os malefícios do uso de psicoestimulantes em longo prazo, sobretudo a dependência e a tolerância química. Em função disso, o apoio familiar e o psicopedagógico são indispensáveis para prevenir e tratar as consequências do uso desmedido de psicoestimulantes.
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