O Aprendizado de Semiologia em um Currículo Tradicional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022003000200104 |
Resumo: | Resumo: Realizou-se um estudo etnográfico entre estudantes de Medicina no momento de seu primeiro contato com pacientes numa escola pública do Rio de Janeiro ao longo do seu aprendizado de Semiologia. Este artigo apresenta resultados parciais, obtidos em entrevistas em que os estudantes responderam questões sobre a relação médico-paciente e suas impressões sobre a Semiologia. Não houve recusas, e os estudos responderam às questões escrevendo suas opiniões e impressões. Os resultados mostraram algumas diferenças de gênero. Estudantes de sexo feminino frequentemente expressaram seus sentimentos sobre professores e pacientes, e os do sexo masculino comentaram principalmente sobre o nível cientifico e questões pedagógicas concernentes aos conteúdo da disciplina. Ambos os grupos referiam a presença de fortes laços relacionais com o professor. Bons relacionamentos foram apresentados como fonte importante de motivação para estudo e esforço de desenvolver habilidades junto ao paciente. O professor é encarado como um “pai”. Por outro lado, relações conflituosas são relatadas como fonte de depressão e desestímulo tanto para estudar como para estabelecer boas relações com pacientes. Algumas respostas apontaram procedimentos desrespeitosos para com o paciente da parte de alunos e professores, deplorando estes eventos como um antiexemplo para a formação médica. O pouco tempo destinado ao retorno de pacientes já examinados foi criticado, por cerca de 50% dos estudantes, como negativo para o aprendizado de como seguir pacientes e se relacionar com eles de modo mais humanizado. Conclui-se que, embora 50% dos estudantes não apresentam problemas com o ambiente de relações no hospital, é necessário estar atento às críticas do corpo discente a fim de incrementar o conteúdo ético do aprendizado clínico. |
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O Aprendizado de Semiologia em um Currículo TradicionalEducação MédicaRelações médico-pacientesAnamneseCurrículoResumo: Realizou-se um estudo etnográfico entre estudantes de Medicina no momento de seu primeiro contato com pacientes numa escola pública do Rio de Janeiro ao longo do seu aprendizado de Semiologia. Este artigo apresenta resultados parciais, obtidos em entrevistas em que os estudantes responderam questões sobre a relação médico-paciente e suas impressões sobre a Semiologia. Não houve recusas, e os estudos responderam às questões escrevendo suas opiniões e impressões. Os resultados mostraram algumas diferenças de gênero. Estudantes de sexo feminino frequentemente expressaram seus sentimentos sobre professores e pacientes, e os do sexo masculino comentaram principalmente sobre o nível cientifico e questões pedagógicas concernentes aos conteúdo da disciplina. Ambos os grupos referiam a presença de fortes laços relacionais com o professor. Bons relacionamentos foram apresentados como fonte importante de motivação para estudo e esforço de desenvolver habilidades junto ao paciente. O professor é encarado como um “pai”. Por outro lado, relações conflituosas são relatadas como fonte de depressão e desestímulo tanto para estudar como para estabelecer boas relações com pacientes. Algumas respostas apontaram procedimentos desrespeitosos para com o paciente da parte de alunos e professores, deplorando estes eventos como um antiexemplo para a formação médica. O pouco tempo destinado ao retorno de pacientes já examinados foi criticado, por cerca de 50% dos estudantes, como negativo para o aprendizado de como seguir pacientes e se relacionar com eles de modo mais humanizado. Conclui-se que, embora 50% dos estudantes não apresentam problemas com o ambiente de relações no hospital, é necessário estar atento às críticas do corpo discente a fim de incrementar o conteúdo ético do aprendizado clínico.Associação Brasileira de Educação Médica2003-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022003000200104Revista Brasileira de Educação Médica v.27 n.2 2003reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online)instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)instacron:ABEM10.1590/1981-5271v27.2-005info:eu-repo/semantics/openAccessSayd,Jane DutraSilva,Daniele de Andrade eRibeiro,Maria Pia Dinizpor2021-05-19T00:00:00Zoai:scielo:S0100-55022003000200104Revistahttp://www.educacaomedica.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br1981-52710100-5502opendoar:2021-05-19T00:00Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)false |
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