Estresse em Estudantes de Cursos Preparatórios e de Graduação em Medicina
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022017000200194 |
Resumo: | RESUMO Há anos, o estresse vem sendo reconhecido como importante influenciador no desempenho profissional, acadêmico e na saúde das pessoas. Muitas vezes, o período que antecede o ingresso na universidade é reconhecido como um momento causador de ansiedade, estresse e até depressão. As causas relacionadas a tal desconforto nesse período são diversas, como, por exemplo, a pressão para o sucesso no exame, a interferência familiar e a concorrência. Além disso, o curso de Medicina é visto como um dos mais difíceis e trabalhosos, pois exige dedicação, esforço, sacrifício e resistência física e emocional dos alunos. Tendo em vista os fatores estressores na vida estudantil, este trabalho buscou avaliar a presença de sintomas de estresse entre pré-vestibulandos e acadêmicos de Medicina na cidade de Montes Claros (MG) por meio da aplicação de formulários que investigam fatores sociodemográficos e as fases do estresse (Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp). Mediante análise estatística, verificou-se que estudantes de pré-vestibular do sexo feminino (p<0,001) e aqueles com mais de três anos de curso (p= 0,012) e com presença de cefaleia (p=0.010) apresentaram-se em fases avançadas do estresse. Nos estudantes do curso médico, apenas a associação significativa entre presença de transtornos de humor e níveis de exaustão foi observada (p=0,023). Índices de resistência e exaustão significativamente maiores nos estudantes do pré-vestibular foram observados quando comparados aos dos acadêmicos de Medicina (p<0,001). É prudente, portanto, questionar a adequação de um sistema competitivo e estressante ao qual o jovem tem que se submeter pelo simples desejo de estudar. Ressalta-se-se, então, a necessidade de o jovem ter a habilidade de lidar com o estresse e a ansiedade, elemento fundamental para o sucesso no vestibular de Medicina. Além disso, verifica-se a necessidade de acompanhamento psicológico dos estudantes de Medicina e de cursos preparatórios a fim de evitar a instalação de comorbidades estressoras que afetem o desempenho escolar e profissional. |
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Estresse em Estudantes de Cursos Preparatórios e de Graduação em MedicinaEstresse PsicológicoSaúde MentalEstudantes de MedicinaEducação MédicaRESUMO Há anos, o estresse vem sendo reconhecido como importante influenciador no desempenho profissional, acadêmico e na saúde das pessoas. Muitas vezes, o período que antecede o ingresso na universidade é reconhecido como um momento causador de ansiedade, estresse e até depressão. As causas relacionadas a tal desconforto nesse período são diversas, como, por exemplo, a pressão para o sucesso no exame, a interferência familiar e a concorrência. Além disso, o curso de Medicina é visto como um dos mais difíceis e trabalhosos, pois exige dedicação, esforço, sacrifício e resistência física e emocional dos alunos. Tendo em vista os fatores estressores na vida estudantil, este trabalho buscou avaliar a presença de sintomas de estresse entre pré-vestibulandos e acadêmicos de Medicina na cidade de Montes Claros (MG) por meio da aplicação de formulários que investigam fatores sociodemográficos e as fases do estresse (Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp). Mediante análise estatística, verificou-se que estudantes de pré-vestibular do sexo feminino (p<0,001) e aqueles com mais de três anos de curso (p= 0,012) e com presença de cefaleia (p=0.010) apresentaram-se em fases avançadas do estresse. Nos estudantes do curso médico, apenas a associação significativa entre presença de transtornos de humor e níveis de exaustão foi observada (p=0,023). Índices de resistência e exaustão significativamente maiores nos estudantes do pré-vestibular foram observados quando comparados aos dos acadêmicos de Medicina (p<0,001). É prudente, portanto, questionar a adequação de um sistema competitivo e estressante ao qual o jovem tem que se submeter pelo simples desejo de estudar. Ressalta-se-se, então, a necessidade de o jovem ter a habilidade de lidar com o estresse e a ansiedade, elemento fundamental para o sucesso no vestibular de Medicina. Além disso, verifica-se a necessidade de acompanhamento psicológico dos estudantes de Medicina e de cursos preparatórios a fim de evitar a instalação de comorbidades estressoras que afetem o desempenho escolar e profissional.Associação Brasileira de Educação Médica2017-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022017000200194Revista Brasileira de Educação Médica v.41 n.2 2017reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online)instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)instacron:ABEM10.1590/1981-52712015v41n2rb20150047info:eu-repo/semantics/openAccessSantos,Fernando SilvaMaia,Carlos Rogério CândidoFaedo,Fernanda CunhasqueGomes,Gabriel Pereira CoelhoNunes,Melriden ElyamOliveira,Marcos Vinícius Macedo depor2017-08-15T00:00:00Zoai:scielo:S0100-55022017000200194Revistahttp://www.educacaomedica.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br1981-52710100-5502opendoar:2017-08-15T00:00Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)false |
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