Estresse em Estudantes de Cursos Preparatórios e de Graduação em Medicina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,Fernando Silva
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Maia,Carlos Rogério Cândido, Faedo,Fernanda Cunhasque, Gomes,Gabriel Pereira Coelho, Nunes,Melriden Elyam, Oliveira,Marcos Vinícius Macedo de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022017000200194
Resumo: RESUMO Há anos, o estresse vem sendo reconhecido como importante influenciador no desempenho profissional, acadêmico e na saúde das pessoas. Muitas vezes, o período que antecede o ingresso na universidade é reconhecido como um momento causador de ansiedade, estresse e até depressão. As causas relacionadas a tal desconforto nesse período são diversas, como, por exemplo, a pressão para o sucesso no exame, a interferência familiar e a concorrência. Além disso, o curso de Medicina é visto como um dos mais difíceis e trabalhosos, pois exige dedicação, esforço, sacrifício e resistência física e emocional dos alunos. Tendo em vista os fatores estressores na vida estudantil, este trabalho buscou avaliar a presença de sintomas de estresse entre pré-vestibulandos e acadêmicos de Medicina na cidade de Montes Claros (MG) por meio da aplicação de formulários que investigam fatores sociodemográficos e as fases do estresse (Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp). Mediante análise estatística, verificou-se que estudantes de pré-vestibular do sexo feminino (p<0,001) e aqueles com mais de três anos de curso (p= 0,012) e com presença de cefaleia (p=0.010) apresentaram-se em fases avançadas do estresse. Nos estudantes do curso médico, apenas a associação significativa entre presença de transtornos de humor e níveis de exaustão foi observada (p=0,023). Índices de resistência e exaustão significativamente maiores nos estudantes do pré-vestibular foram observados quando comparados aos dos acadêmicos de Medicina (p<0,001). É prudente, portanto, questionar a adequação de um sistema competitivo e estressante ao qual o jovem tem que se submeter pelo simples desejo de estudar. Ressalta-se-se, então, a necessidade de o jovem ter a habilidade de lidar com o estresse e a ansiedade, elemento fundamental para o sucesso no vestibular de Medicina. Além disso, verifica-se a necessidade de acompanhamento psicológico dos estudantes de Medicina e de cursos preparatórios a fim de evitar a instalação de comorbidades estressoras que afetem o desempenho escolar e profissional.
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