Percepção dos estudantes de Medicina sobre as habilidades de autogestão adquiridas durante a vigência do ensino remoto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira,Giovanna Barcelos Fontenele
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Aarão,Tinara Leila de Souza, Furlaneto,Ismari Perini
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022022000400202
Resumo: Resumo: Introdução: A pandemia da Covid-19 trouxe diversos desafios para as instituições de ensino superior (IES) de todos os países. Nesse contexto, destacou-se a necessidade de reestruturação do processo de ensino-aprendizagem de forma a garantir a aquisição real de conhecimentos, bem como o desenvolvimento de métodos de estudo para que os discentes conseguissem conviver com o ensino remoto emergencial (ERE) e seus contratempos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar como ocorreu o estudo dirigido e a percepção dos discentes quanto aos ganhos de habilidades de autogestão durante o ERE. Método: Trata-se de um estudo transversal quantitativo e qualitativo, realizado com 93 estudantes de Medicina de diferentes IES brasileiras. Utilizou-se questionário semiestruturado para a coleta dos dados. Os dados foram processados no software Iramuteq, e utilizaram-se análise de similitude e nuvem de palavras, além de estatística descritiva. Resultado: Em relação ao tempo dedicado ao estudo dirigido, 59,1% dos estudantes relataram que o estabeleceram, e 57,0% afirmaram que traçaram estratégias para melhor geri-lo; 68,8% mencionaram que perceberam diferenças ao compararem os métodos de fixação de conteúdo utilizados antes e durante no ERE, e, desses, 70,3% consideraram que essas novas técnicas foram eficientes. Na análise qualitativa, analisaram-se seis corpora monotemáticos, relacionados à opinião sobre o que auxiliou e o que prejudicou a gestão das emoções e do tempo, quais estratégias de fixação de conteúdo foram utilizadas e quais habilidades de autogestão foram desenvolvidas no período do ERE. Conclusão: Evidenciou-se que, apesar das dificuldades encontradas, elas foram superadas com a adoção de estratégias centradas no desenvolvimento de habilidades de autogestão de tempo, emoções e fixação de conteúdo por parte dos estudantes, e, dessa forma, pode-se inferir que eles perceberam o desenvolvimento de algumas das habilidades essenciais para superar os novos e recentes desafios impostos pelas mudanças no planeta, como organização pessoal, dos estudos e do tempo, além das relacionadas às emoções e ao gerenciamento de recursos tecnológicos.
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