Humanidades Médicas e seu Lugar no Currículo: Opiniões dos Participantes do Cobem/2017

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barboza,Jaqueline Santos
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Felício,Helena Maria dos Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022020000100218
Resumo: Resumo: É crescente a percepção de que uma formação médica com enfoque exclusivo nas disciplinas biológicas é insuficiente para a apreensão da complexidade e da singularidade do adoecimento humano. Partimos, assim, do pressuposto de que as humanidades médicas oferecem uma contribuição importante para a formação médica, por meio de referências para uma compreensão ampliada do processo saúde-doença e para a organização do cuidado em saúde, isto é, voltadas para a humanização. Este trabalho buscou conhecer as percepções de um grupo de discentes, docentes e coordenadores de curso médico sobre a integração das disciplinas de humanidades médicas nos currículos dos cursos de Medicina. A pesquisa de abordagem descritiva, quantitativa e de corte transversal consistiu na aplicação de um questionário estruturado a um grupo de participantes do 55º Congresso Brasileiro de Educação Médica (Cobem, Porto Alegre, RS, outubro de 2017), considerado assim uma amostra de conveniência. Os participantes do evento foram abordados nos intervalos das conferências e convidados a responder a um questionário que buscava opiniões sobre a inserção e a integração das disciplinas das Ciências Humanas nos currículos dos cursos de Medicina. O questionário continha ainda a caracterização da amostra quanto à região de origem, ao âmbito jurídico da instituição (privada, pública ou confessional) e ao papel do respondente (docente, discente ou coordenador/a). Foram obtidos 234 questionários, submetidos posteriormente à análise estatística descritiva. A análise evidenciou que as humanidades médicas são percebidas como importantes na formação, mas não há consenso sobre serem fundamentais na aquisição de habilidades humanísticas. As experiências interdisciplinares curriculares existem, porém nem todos percebem as temáticas de humanidades em diversos momentos no currículo médico ou articuladas a outras disciplinas. Enquanto as experiências interdisciplinares são percebidas com maior facilidade, a articulação transversal das temáticas humanísticas aparece em menor medida. De acordo com as respostas, as disciplinas permanecem concentradas apenas nos períodos iniciais, contudo a percepção de suficiência apresenta opiniões divididas. Também há discreta diferença na opinião sobre a articulação das humanidades nos ciclos básico e avançado. A menor percepção de integração das humanidades aparece nas práticas que integram ensino-serviço-comunidade.
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