Mortalidade adulta por nível de escolaridade em São Paulo: análise comparativa a partir de diferentes estratégias metodológicas
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista brasileira de estudos de população (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982021000100156 |
Resumo: | Resumo Neste artigo, são estimados os diferenciais educacionais de mortalidade de adultos residentes em São Paulo. É realizada uma análise comparativa de estimativas a partir de dados do Censo 2010 e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) – Datasus e de três formas distintas de mensuração da escolaridade: registrada no SIM; declarada no Censo para o responsável pelo domicílio; e imputada estatisticamente no Censo para indivíduos que morreram. Para as imputações da escolaridade, utilizou-se o método de Dempester (1977), que propõe o uso do algoritmo esperança-maximização (algoritmo E-M) para lidar com dados faltantes. Foram considerados três níveis de escolaridade (baixo, médio e alto) e estimadas as taxas de mortalidade com base em modelos Poisson. Os resultados indicam que a obtenção de escolaridade pode reduzir em até 77% as taxas de mortalidade entre 25 e 59 anos de idade. Além disso, em um país em que a população tem baixa escolaridade, obter ensino médio representa um ganho significativo do ponto de vista da sobrevivência adulta (cerca de 50%). Encontraram-se padrões de mortalidade por escolaridade semelhantes para as estimativas obtidas com dados registrados no SIM e aqueles imputados no Censo 2010. Além disso, a análise sugere que estimativas assumindo a escolaridade do responsável pelo domicílio resultam em diferenciais de mortalidade atípicos, provavelmente distorcidos pela transição de educação no Brasil. Espera-se que o modelo de imputação proposto aqui possa ser utilizado em futuras análises dos dados de mortalidade a partir do Censo 2010. |
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Mortalidade adulta por nível de escolaridade em São Paulo: análise comparativa a partir de diferentes estratégias metodológicasMortalidade adultaDados faltantesImputaçãoDiferenciais socioeconômicos em mortalidadeBrasilEscolaridadeResumo Neste artigo, são estimados os diferenciais educacionais de mortalidade de adultos residentes em São Paulo. É realizada uma análise comparativa de estimativas a partir de dados do Censo 2010 e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) – Datasus e de três formas distintas de mensuração da escolaridade: registrada no SIM; declarada no Censo para o responsável pelo domicílio; e imputada estatisticamente no Censo para indivíduos que morreram. Para as imputações da escolaridade, utilizou-se o método de Dempester (1977), que propõe o uso do algoritmo esperança-maximização (algoritmo E-M) para lidar com dados faltantes. Foram considerados três níveis de escolaridade (baixo, médio e alto) e estimadas as taxas de mortalidade com base em modelos Poisson. Os resultados indicam que a obtenção de escolaridade pode reduzir em até 77% as taxas de mortalidade entre 25 e 59 anos de idade. Além disso, em um país em que a população tem baixa escolaridade, obter ensino médio representa um ganho significativo do ponto de vista da sobrevivência adulta (cerca de 50%). Encontraram-se padrões de mortalidade por escolaridade semelhantes para as estimativas obtidas com dados registrados no SIM e aqueles imputados no Censo 2010. Além disso, a análise sugere que estimativas assumindo a escolaridade do responsável pelo domicílio resultam em diferenciais de mortalidade atípicos, provavelmente distorcidos pela transição de educação no Brasil. Espera-se que o modelo de imputação proposto aqui possa ser utilizado em futuras análises dos dados de mortalidade a partir do Censo 2010.Associação Brasileira de Estudos Populacionais2021-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982021000100156Revista Brasileira de Estudos de População v.38 2021reponame:Revista brasileira de estudos de população (Online)instname:Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP)instacron:ABEP10.20947/s0102-3098a0139info:eu-repo/semantics/openAccessRibeiro,Mirian MartinsTurra,Cassio MaldonadoPinto,Cristine Campos de Xavierpor2021-06-08T00:00:00Zoai:scielo:S0102-30982021000100156Revistahttps://rebep.org.br/revistahttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||editora@rebep.org.br1980-55190102-3098opendoar:2021-06-08T00:00Revista brasileira de estudos de população (Online) - Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP)false |
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