Vai lá, tira a roupa... e... pronto...": o acesso a consultas ginecológicas em Belo Horizonte, MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torres,Maria Eponina de Abreu e
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Miranda-Ribeiro,Paula, Machado,Carla Jorge
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de estudos de população (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982008000100004
Resumo: Este trabalho tem como foco a consulta ginecológica. Investiga-se o acesso a estas consultas entre mulheres residentes em Belo Horizonte, com idades de 18 a 59 anos, bem como suas percepções sobre este acesso. O estudo foi desenvolvido em duas etapas: uma análise quantitativa por meio do método Grade of Membership (GoM), buscando delinear perfis de mulheres de 18 a 59 anos, que realizaram e não realizaram a consulta ginecológica nos 12 meses anteriores à pesquisa; e uma análise qualitativa, com base em 33 entrevistas semi-estruturadas, buscando captar a percepção que mulheres com características similares aos perfis extremos delineados na primeira etapa tinham sobre a consulta ginecológica. Os dados quantitativos são oriundos da pesquisa SRSR (Saúde Reprodutiva, Sexualidade e Raça/cor), realizada pelo Cedeplar em 2002. Já os dados qualitativos são provenientes da pesquisa "Aspectos quantitativos e qualitativos acerca do acesso à contracepção e ao diagnóstico e tratamento do câncer de colo uterino: uma proposta de análise para o município de Belo Horizonte, MG", ocorrida entre 2005 e 2006. Os resultados quantitativos sugerem que a realização de uma consulta ginecológica está muito relacionada às características socioeconômicas e demográficas das entrevistadas. Nota-se, também, que as mulheres com maior probabilidade de terem ido ao ginecologista, nos últimos 12 meses, são aquelas que tiveram um acompanhamento ginecológico regular e que costumavam procurar este profissional por meio de consultas particulares ou planos de saúde. Os resultados qualitativos reafirmam o desconforto das mulheres diante da consulta, sendo maior entre aquelas com menos escolaridade. Notou-se também que a primeira consulta ginecológica ocorreu em momentos muito diferentes para as mulheres de alta e de baixa escolaridade - para as primeiras está geralmente relacionada ao início da vida sexual e ao uso de contracepção, enquanto para as de menor escolaridade, o motivo costuma estar ligado à gravidez. No entanto, independente da escolaridade, da idade e da freqüência com que as entrevistadas buscam esta consulta, ficou evidente a grande importância atribuída a ela.
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