Armazenamento sob atmosfera controlada de tomates com injúria interna de impacto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moretti,Celso Luiz
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Sargent,Steven A., Huber,Donald J., Puschmann,Rolf
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Horticultura Brasileira
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362002000300013
Resumo: A injúria interna de impacto causa redução significativa da qualidade de frutos de tomate. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a utilização do armazenamento sob atmosfera controlada na redução do desenvolvimento de uma desordem de amadurecimento conhecida como injúria interna de impacto. Tomates (Lycopersicon esculentum Mill), cv. Solimar, foram colhidos no estádio de amadurecimento verde-maduro e tratados com etileno, por 12 horas, a 20°C. Ao atingirem o estádio verde-rosado, sofreram uma queda de 40 cm de altura sobre uma superfície plana, lisa e maciça. Metade dos frutos foi então armazenada sobre atmosfera controlada (3% O2; 4% CO2; balanço com N2) por 8 dias a 20°C e 85-95% de umidade relativa, e então foram transferidos para atmosfera ambiente até completamente maduros. A outra metade dos frutos foi mantida continuamente em atmosfera ambiente à mesma temperatura e umidade relativa. Quando estavam completamente maduros, os frutos que sofreram injúria mecânica, armazenados sob atmosfera controlada e sob atmosfera ambiente, desenvolveram sintomas de injúria interna de impacto no tecido locular. O armazenamento sob atmosfera controlada não produziu efeitos significativos no conteúdo de vitamina C total e carotenóides totais para o pericarpo e o tecido locular injuriados. Entretanto, o tecido locular injuriado do tratamento armazenado sob atmosfera controlada possuía acidez titulável 15% superior (ao redor de 162 meq ácido cítrico. kg-1) do que o tratamento sob atmosfera ambiente (ao redor de 140 meq ácido cítrico. kg-1) e era similar ao tratamento não injuriado, armazenado em atmosfera ambiente (ao redor de 174 meq ácido cítrico. kg-1). O tecido pericárpico da região injuriada possuía atividade da poligalacturonase similar para os tratamentos armazenados sob ar ou sob atmosfera controlada. O extravasamento de eletrólitos do pericarpo injuriado foi similar para os tratamentos sob atmosfera ambiente e atmosfera controlada (ao redor de 50%) e de cerca de 40% para os tecidos não-injuriados em ambos os tratamentos de armazenamento. A utilização de armazenamento sob atmosfera controlada não retardou ou impediu as alterações de qualidade observadas, nas condições experimentais, de frutos submetidos a injurias mecânicas de impacto.
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