Cefaléia relacionada à hemodiálise: análise dos possíveis fatores desencadeantes e do tratamento empregado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antoniazzi,Ana L.
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Bigal,Marcelo E., Bordini,Carlos A., Speciali,José G.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2002000400018
Resumo: Um número crescente de pacientes vêm sendo submetidos a procedimentos dialíticos em todo o mundo. Cerca de 70% deles apresentam cefaléia. A despeito disso, a cefaléia não é sintoma bem estudado nesse grupo de pacientes. Os objetivos desse estudo são: avaliar possíveis fatores desencadeantes da cefaléia relacionada à hemodiálise e avaliar o tratamento analgésico utilizado nessa situação. Foram estudados prospectivamente 50 pacientes com insuficiência renal crônica seguidos em três serviços de hemodiálise da cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, Brasil, entre janeiro de 1998 e dezembro de 1999. Todos apresentavam cefaléia estritamente relacionada às sessões de hemodiálise. Cefaléia ocorreu principalmente na segunda metade das sessões de hemodiálise (86%). Hipertensão arterial (38%), hipotensão arterial (12%) e alterações no peso corporal durante as sessões de hemodiálise (6%) foram os fatores desencadeantes mais frequentemente identificados. Em 28% dos casos não se identificou qualquer fator. Dipirona foi o analgésico mais utilisado (56%). A despeito de ser tão comum é surpreendentemente escassa a literatura disponível a respeito da associação entre cefaléias e insuficiência renal crônica. Esses pacientes, além de suportarem o fardo de conviver com um procedimento doloroso e monótono, porém necessário para mantê-los vivos, têm ainda que conviver com o impacto adicional das cefaléias na maioria das sessões. A identificação dos possíveis fatores desencadeantes e do tratamento disponível pode contribuir para o nosso conhecimento sobre essa associação, com consequente redução do impacto das cefaléias em portadores de insuficiência renal crônica.
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