O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bagarollo,Maria Fernanda
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Ribeiro,Vanessa Veis, Panhoca,Ivone
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de educação especial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382013000100008
Resumo: perspectivas tradicionais acreditam que dentre as características do autismo infantil está a incapacidade ou grande dificuldade destas crianças desenvolverem atividades de brincar. No entanto, assumindo a perspectiva histórico-cultural de desenvolvimento humano - que compreende os sujeitos enquanto seres sociais, constituídos culturalmente, na e pela linguagem - esta afirmação deixa de ser sustentável, uma vez que brincar é uma atividade constituída socialmente. Considerando isto, este estudo tem como objetivo analisar as peculiaridades do brincar de uma criança com autismo infantil, imersa em ricas experiências com outras crianças, com brinquedos e com brincadeiras. A coleta de dados ocorreu a partir de gravações em vídeo de sessões de terapia fonoaudiológica com um grupo de quatro crianças autistas. O enfoque será para as brincadeiras de uma delas, S1 de quatro anos. As gravações foram transcritas e as análises dos dados regidas pela perspectiva da análise microgenética. Os dados mostram que é possível para a criança autista, quando vivenciando interações sociais favoráveis, desenvolver o brincar, os processos imaginativos e as sequencias de ações observadas no grupo social e no uso cultural dos brinquedos. Conclui-se que é fundamental a intervenção do terapeuta durante o processo de interação, atribuindo significações às ações da criança, proporcionando a ela a possibilidade de constituir-se como um ser cultural e de interagir com o outro e, dessa forma, construir as bases para as internalizações que daí decorrerão. Observa-se também que as experiências vivenciadas fora da instituição possibilitam oportunidades de brincar e desenvolver-se durante as brincadeiras, mesmo que de forma mais lenta e específica.
id ABPEE-1_069a0660950773484a1644d147eb494b
oai_identifier_str oai:scielo:S1413-65382013000100008
network_acronym_str ABPEE-1
network_name_str Revista brasileira de educação especial (Online)
repository_id_str
spelling O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-culturalEducação EspecialAutismoCriançaInteração SocialLinguagemperspectivas tradicionais acreditam que dentre as características do autismo infantil está a incapacidade ou grande dificuldade destas crianças desenvolverem atividades de brincar. No entanto, assumindo a perspectiva histórico-cultural de desenvolvimento humano - que compreende os sujeitos enquanto seres sociais, constituídos culturalmente, na e pela linguagem - esta afirmação deixa de ser sustentável, uma vez que brincar é uma atividade constituída socialmente. Considerando isto, este estudo tem como objetivo analisar as peculiaridades do brincar de uma criança com autismo infantil, imersa em ricas experiências com outras crianças, com brinquedos e com brincadeiras. A coleta de dados ocorreu a partir de gravações em vídeo de sessões de terapia fonoaudiológica com um grupo de quatro crianças autistas. O enfoque será para as brincadeiras de uma delas, S1 de quatro anos. As gravações foram transcritas e as análises dos dados regidas pela perspectiva da análise microgenética. Os dados mostram que é possível para a criança autista, quando vivenciando interações sociais favoráveis, desenvolver o brincar, os processos imaginativos e as sequencias de ações observadas no grupo social e no uso cultural dos brinquedos. Conclui-se que é fundamental a intervenção do terapeuta durante o processo de interação, atribuindo significações às ações da criança, proporcionando a ela a possibilidade de constituir-se como um ser cultural e de interagir com o outro e, dessa forma, construir as bases para as internalizações que daí decorrerão. Observa-se também que as experiências vivenciadas fora da instituição possibilitam oportunidades de brincar e desenvolver-se durante as brincadeiras, mesmo que de forma mais lenta e específica.Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE2013-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382013000100008Revista Brasileira de Educação Especial v.19 n.1 2013reponame:Revista brasileira de educação especial (Online)instname:Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE)instacron:ABPEE10.1590/S1413-65382013000100008info:eu-repo/semantics/openAccessBagarollo,Maria FernandaRibeiro,Vanessa VeisPanhoca,Ivonepor2013-05-09T00:00:00Zoai:scielo:S1413-65382013000100008Revistahttp://www.scielo.br/rbeehttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@abpee.net1980-54701413-6538opendoar:2013-05-09T00:00Revista brasileira de educação especial (Online) - Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE)false
dc.title.none.fl_str_mv O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
title O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
spellingShingle O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
Bagarollo,Maria Fernanda
Educação Especial
Autismo
Criança
Interação Social
Linguagem
title_short O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
title_full O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
title_fullStr O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
title_full_unstemmed O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
title_sort O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural
author Bagarollo,Maria Fernanda
author_facet Bagarollo,Maria Fernanda
Ribeiro,Vanessa Veis
Panhoca,Ivone
author_role author
author2 Ribeiro,Vanessa Veis
Panhoca,Ivone
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bagarollo,Maria Fernanda
Ribeiro,Vanessa Veis
Panhoca,Ivone
dc.subject.por.fl_str_mv Educação Especial
Autismo
Criança
Interação Social
Linguagem
topic Educação Especial
Autismo
Criança
Interação Social
Linguagem
description perspectivas tradicionais acreditam que dentre as características do autismo infantil está a incapacidade ou grande dificuldade destas crianças desenvolverem atividades de brincar. No entanto, assumindo a perspectiva histórico-cultural de desenvolvimento humano - que compreende os sujeitos enquanto seres sociais, constituídos culturalmente, na e pela linguagem - esta afirmação deixa de ser sustentável, uma vez que brincar é uma atividade constituída socialmente. Considerando isto, este estudo tem como objetivo analisar as peculiaridades do brincar de uma criança com autismo infantil, imersa em ricas experiências com outras crianças, com brinquedos e com brincadeiras. A coleta de dados ocorreu a partir de gravações em vídeo de sessões de terapia fonoaudiológica com um grupo de quatro crianças autistas. O enfoque será para as brincadeiras de uma delas, S1 de quatro anos. As gravações foram transcritas e as análises dos dados regidas pela perspectiva da análise microgenética. Os dados mostram que é possível para a criança autista, quando vivenciando interações sociais favoráveis, desenvolver o brincar, os processos imaginativos e as sequencias de ações observadas no grupo social e no uso cultural dos brinquedos. Conclui-se que é fundamental a intervenção do terapeuta durante o processo de interação, atribuindo significações às ações da criança, proporcionando a ela a possibilidade de constituir-se como um ser cultural e de interagir com o outro e, dessa forma, construir as bases para as internalizações que daí decorrerão. Observa-se também que as experiências vivenciadas fora da instituição possibilitam oportunidades de brincar e desenvolver-se durante as brincadeiras, mesmo que de forma mais lenta e específica.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382013000100008
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382013000100008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1413-65382013000100008
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Educação Especial v.19 n.1 2013
reponame:Revista brasileira de educação especial (Online)
instname:Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE)
instacron:ABPEE
instname_str Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE)
instacron_str ABPEE
institution ABPEE
reponame_str Revista brasileira de educação especial (Online)
collection Revista brasileira de educação especial (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de educação especial (Online) - Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE)
repository.mail.fl_str_mv ||revista@abpee.net
_version_ 1754212573526360064