Cultura de consumo e indústria na São Paulo da Belle Époque (1890-1915)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista História Econômica & História de Empresas (Online) |
Texto Completo: | https://hehe.org.br/index.php/rabphe/article/view/255 |
Resumo: | O artigo faz uma análise sobre a formação do capitalismo no Brasil tendo como ponto de vista a cultura de consumo. Atentamos para algumas relações contraditórias entre a dinâmica de consumo e o incipiente processo de industrialização no Brasil, com enfoque na primeira. O objetivo do trabalho é o de estudar o lançamento das bases da dinâmica de consumo capitalista, assentada sobre a diferenciação, inclusão e exclusão, que detém certas especificidades inerentes à constituição do capitalismo em sua expressão periférica. O período que vai de 1890 a 1915, a Belle Époque, é o momento em que o capitalismo periférico se constitui na forma de economias primário-exportadoras. A maior parte dos estudos feita até o momento repousa sobre o processo de industrialização. Nosso estudo repousa sobre sua contraface: o consumo, visto aqui como um processo social. Nesse sentido, a temática da industrialização, claro de extrema importância, será vista sob o ângulo da dinâmica de consumo, que pretende captar as contradições nas relações de classe e frações de classe travadas em uma expressão regional do capitalismo brasileiro em formação. O processo de industrialização que se configura no interior do capitalismo periférico, dados seus limites sociais e técnicos, trava uma relação específica com a cultura de consumo nascente, que se traduz nas formas de falsificação e imitação. As fontes utilizadas residem, sobretudo, em fontes qualitativas, diários pessoais, relatos de viagem, livros de memória, literatura e crônicas do período.Na relação entre o processo de diferenciação que caracteriza o consumo colocam-se dois atores em disputa: o fazendeiro tradicional, oligarca do café, e o imigrante que enriquece e passa a disputar um lugar na hierarquia social. O setor externo continua a ser a fonte de diferenciação social e os bens de consumo importados, instrumento de status. |
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