Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida,Ana Isabella Sousa
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Ribeiro,José Mendes, Bastos,Francisco Inácio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232022000300837
Resumo: Resumo O sucesso do Programa Nacional de DST/Aids no Brasil se deve, em boa medida, à pluralidade de atores sociais engajados no combate à Aids. Este artigo visa analisar a dinâmica de mudanças ocorridas dentro do subsistema da Política Nacional de DST/Aids à luz do modelo de coalizões de defesa (MCD). Trata-se de um estudo que se vale da análise documental dos marcos normativos e de entrevistas com informantes-chave. Os resultados apontam para a formação de três coalizões: Coalizão A (engajamento social), Coalizão B (força governamental), e Coalizão C (parcerias internacionais), que, mediadas pelos parlamentares e instituições científicas, travam disputas traduzindo seus pontos de vista em ações governamentais. Os achados mostram que, embora bem-sucedida, a Política Nacional de DST/Aids enfrentou grandes dificuldades em estabelecer padrões que contemplassem as necessidades da população. Entretanto, mesmo que as coalizões contem com estratégias distintas, apresentam-se como convergentes, pois se direcionam para o mesmo objetivo. Vale ressaltar que, nos dias atuais, a onda conservadora atuante no Brasil apresenta tendência a inviabilizar novas políticas no campo da Aids e ameaça direitos humanos e sociais adquiridos. Tais impactos devem ser analisados em estudos futuros.
id ABRASCO-2_f427f9586a9f9b2b5592a1895eeeaa23
oai_identifier_str oai:scielo:S1413-81232022000300837
network_acronym_str ABRASCO-2
network_name_str Ciência & Saúde Coletiva (Online)
repository_id_str
spelling Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesaHIVPolíticas públicasSociedade civilCoalizõesResumo O sucesso do Programa Nacional de DST/Aids no Brasil se deve, em boa medida, à pluralidade de atores sociais engajados no combate à Aids. Este artigo visa analisar a dinâmica de mudanças ocorridas dentro do subsistema da Política Nacional de DST/Aids à luz do modelo de coalizões de defesa (MCD). Trata-se de um estudo que se vale da análise documental dos marcos normativos e de entrevistas com informantes-chave. Os resultados apontam para a formação de três coalizões: Coalizão A (engajamento social), Coalizão B (força governamental), e Coalizão C (parcerias internacionais), que, mediadas pelos parlamentares e instituições científicas, travam disputas traduzindo seus pontos de vista em ações governamentais. Os achados mostram que, embora bem-sucedida, a Política Nacional de DST/Aids enfrentou grandes dificuldades em estabelecer padrões que contemplassem as necessidades da população. Entretanto, mesmo que as coalizões contem com estratégias distintas, apresentam-se como convergentes, pois se direcionam para o mesmo objetivo. Vale ressaltar que, nos dias atuais, a onda conservadora atuante no Brasil apresenta tendência a inviabilizar novas políticas no campo da Aids e ameaça direitos humanos e sociais adquiridos. Tais impactos devem ser analisados em estudos futuros.ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva2022-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232022000300837Ciência & Saúde Coletiva v.27 n.3 2022reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1413-81232022273.45862020info:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida,Ana Isabella SousaRibeiro,José MendesBastos,Francisco Ináciopor2022-03-07T00:00:00Zoai:scielo:S1413-81232022000300837Revistahttp://www.cienciaesaudecoletiva.com.brhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br1678-45611413-8123opendoar:2022-03-07T00:00Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false
dc.title.none.fl_str_mv Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
title Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
spellingShingle Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
Almeida,Ana Isabella Sousa
HIV
Políticas públicas
Sociedade civil
Coalizões
title_short Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
title_full Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
title_fullStr Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
title_full_unstemmed Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
title_sort Análise da política nacional de DST/Aids sob a perspectiva do modelo de coalizões de defesa
author Almeida,Ana Isabella Sousa
author_facet Almeida,Ana Isabella Sousa
Ribeiro,José Mendes
Bastos,Francisco Inácio
author_role author
author2 Ribeiro,José Mendes
Bastos,Francisco Inácio
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida,Ana Isabella Sousa
Ribeiro,José Mendes
Bastos,Francisco Inácio
dc.subject.por.fl_str_mv HIV
Políticas públicas
Sociedade civil
Coalizões
topic HIV
Políticas públicas
Sociedade civil
Coalizões
description Resumo O sucesso do Programa Nacional de DST/Aids no Brasil se deve, em boa medida, à pluralidade de atores sociais engajados no combate à Aids. Este artigo visa analisar a dinâmica de mudanças ocorridas dentro do subsistema da Política Nacional de DST/Aids à luz do modelo de coalizões de defesa (MCD). Trata-se de um estudo que se vale da análise documental dos marcos normativos e de entrevistas com informantes-chave. Os resultados apontam para a formação de três coalizões: Coalizão A (engajamento social), Coalizão B (força governamental), e Coalizão C (parcerias internacionais), que, mediadas pelos parlamentares e instituições científicas, travam disputas traduzindo seus pontos de vista em ações governamentais. Os achados mostram que, embora bem-sucedida, a Política Nacional de DST/Aids enfrentou grandes dificuldades em estabelecer padrões que contemplassem as necessidades da população. Entretanto, mesmo que as coalizões contem com estratégias distintas, apresentam-se como convergentes, pois se direcionam para o mesmo objetivo. Vale ressaltar que, nos dias atuais, a onda conservadora atuante no Brasil apresenta tendência a inviabilizar novas políticas no campo da Aids e ameaça direitos humanos e sociais adquiridos. Tais impactos devem ser analisados em estudos futuros.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232022000300837
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232022000300837
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/1413-81232022273.45862020
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Ciência & Saúde Coletiva v.27 n.3 2022
reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)
instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron:ABRASCO
instname_str Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron_str ABRASCO
institution ABRASCO
reponame_str Ciência & Saúde Coletiva (Online)
collection Ciência & Saúde Coletiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
repository.mail.fl_str_mv ||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br
_version_ 1754213049770704896