Dinâmica societária e coalizões de defesa: o enfrentamento à epidemia de Aids no município do Rio de Janeiro
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30871 |
Resumo: | Os pilares da resposta brasileira à epidemia da Aids foram construídos com base no clima de abertura política, participação popular e movimentos sociais em busca da liberdade e valorização dos direitos humanos. O sucesso do programa nacional de DST/Aids se deve ao diálogo entres os grupos sociais organizados, gestores e organizações internacionais, os quais nortearam a elaboração de estratégias unificadas de combate à Aids. A presente dissertação objetiva analisar a dinâmica de mudanças ocorridas dentro do subsistema da Política Nacional de DST/Aids no município do Rio de Janeiro à luz do modelo de coalizões de defesa (MCD). Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Para obtenção de dados utilizou-se as seguintes estratégias: pesquisa documental de atos normativos, pesquisa em meios de comunicação impressa e entrevistas semi-estruturadas e adotou-se a triangulação de métodos em pesquisa qualitativa e a avaliação de políticas públicas como principais métodos de análise dos dados. Para fins de estruturação optou-se por dividir os resultados em três fases distintas: Fase I (1983-1996), Fase II (1997-2004) e Fase III (2005-2007). O processo de construção de resposta da epidemia foi pautada na solidariedade e luta por direitos e no Advocacy. Com relação a implantação da Política Nacional de DST/Aids no Rio de janeiro, os dados nos mostram que o município seguiu inicialmente os padrões propostos pelo Ministério da Saúde, e portanto, enfrentou grandes dificuldades em estabelecer padrões inovadores que contemplassem as necessidades da população. Aponta-se também para as parcerias com os hospitais universitários e as diversas organizações sociais, com destaque para a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA). Notou-se que ao longo da epidemia, o município do Rio de Janeiro inovou em suas ações ao descentralizar para a atenção básica, o atendimento a pessoas vivendo com HIV/Aids, o que gerou grandes conflitos relacionados a dualidade: ampliação de acesso x efetividade da atenção. A respeito da aplicabilidade do modelo de coalizão de defesa ao objeto de análise, os dados apontam para a formação de três coalizões: Coalizão A (engajamento social) e Coalizão B (força governamental), e Coalizão C que mediados pelos parlamentares, e instituições científicas, que disputavam para traduzir suas crenças em ações governamentais. No entanto, observou-se que as coalizões mesmo possuindo estratégias diferentes, apresentaram-se como coalizões convergentes, pois estavam direcionadas para o mesmo objetivo, o controle da epidemia. |
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Almeida, Ana Isabella SousaBastos, Francisco Inácio Pinkusfeld MonteiroRibeiro, José Mendes2019-01-03T17:42:12Z2019-01-03T17:42:12Z2018ALMEIDA, Ana Isabella Sousa. Dinâmica societária e coalizões de defesa: o enfrentamento à epidemia de Aids no município do Rio de Janeiro. 2018. 93 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30871Os pilares da resposta brasileira à epidemia da Aids foram construídos com base no clima de abertura política, participação popular e movimentos sociais em busca da liberdade e valorização dos direitos humanos. O sucesso do programa nacional de DST/Aids se deve ao diálogo entres os grupos sociais organizados, gestores e organizações internacionais, os quais nortearam a elaboração de estratégias unificadas de combate à Aids. A presente dissertação objetiva analisar a dinâmica de mudanças ocorridas dentro do subsistema da Política Nacional de DST/Aids no município do Rio de Janeiro à luz do modelo de coalizões de defesa (MCD). Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Para obtenção de dados utilizou-se as seguintes estratégias: pesquisa documental de atos normativos, pesquisa em meios de comunicação impressa e entrevistas semi-estruturadas e adotou-se a triangulação de métodos em pesquisa qualitativa e a avaliação de políticas públicas como principais métodos de análise dos dados. Para fins de estruturação optou-se por dividir os resultados em três fases distintas: Fase I (1983-1996), Fase II (1997-2004) e Fase III (2005-2007). O processo de construção de resposta da epidemia foi pautada na solidariedade e luta por direitos e no Advocacy. Com relação a implantação da Política Nacional de DST/Aids no Rio de janeiro, os dados nos mostram que o município seguiu inicialmente os padrões propostos pelo Ministério da Saúde, e portanto, enfrentou grandes dificuldades em estabelecer padrões inovadores que contemplassem as necessidades da população. Aponta-se também para as parcerias com os hospitais universitários e as diversas organizações sociais, com destaque para a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA). Notou-se que ao longo da epidemia, o município do Rio de Janeiro inovou em suas ações ao descentralizar para a atenção básica, o atendimento a pessoas vivendo com HIV/Aids, o que gerou grandes conflitos relacionados a dualidade: ampliação de acesso x efetividade da atenção. A respeito da aplicabilidade do modelo de coalizão de defesa ao objeto de análise, os dados apontam para a formação de três coalizões: Coalizão A (engajamento social) e Coalizão B (força governamental), e Coalizão C que mediados pelos parlamentares, e instituições científicas, que disputavam para traduzir suas crenças em ações governamentais. No entanto, observou-se que as coalizões mesmo possuindo estratégias diferentes, apresentaram-se como coalizões convergentes, pois estavam direcionadas para o mesmo objetivo, o controle da epidemia.The pillars of the Brazilian response to the AIDS epidemic were constructed based on the climate of political openness, popular participation and social innovations in search of freedom and appreciation of human rights. The success of the national programa of AIDS is due to the dialougue between organized social groups, managers and international organizations, wich have guided the development of unified strategies to combat to AIDS. This dissertation proposes to analyze the dynamics of changes occurring within the subsystem of the National Policy of DST/AIDS in the city of Rio de Janeiro in the light of the advocacy coalition framework. Is a descriptive and exploratory study with a qualitative approach. To obtain data, the following strategies were used: bibliographic survey, research in administrative bases, documentary research of normatives, research in print media and semistructured interviews. and the triangulation of methods in qualitative research and the evaluation of public policies were the main methods adopted in data analysis. For the purposes of structuring, we chose to divide the results into three distinct phases: Phase I (1983-1996), Phase II (1997-2004) and Phase III (2005-2007). The process of building response to the epidemic was based on solidarity and struggle for rights and Advocacy. Regarding the implementation of the National Policy of DST/AIDS in Rio de Janeiro, the data show that the municipality initially followed the standards proposed by the Ministry of Health, and therefore, faced great difficulties in establishing innovative standards that addressed the needs of the population. It’s also pointed to partnerships with university hospitals and various social organizations, especially the Brazilian Interdisciplinary Association of Aids. It was noted that throughout the epidemic, the municipality of Rio de Janeiro innovated in its actions by decentralizing basic care to care for people living with HIV/AIDS, which generated major conflicts related to duality: extension of access Vs effectiveness of care. Regarding the applicability of the defense coalition model to the object of analysis, the data point to the formation of three coalitions: Coalition A (social engagement) and Coalition B (government force), and Coalition C (International partnership) which are mediated by parliamentarians, members of social forums and scientific society that were competing to translate their beliefs into government actions. However, it can be observed that although coalitions have different strategies, they are considered convergent coalitions, because they are directed to the same objective: Control of the epidemic.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCoalizões de DefesaAIDSSociedade CivilAIDSCivil SocietyAdvocacy CoalitionsSíndrome de Imunodeficiência AdquiridaEpidemiasSociedade CivilDinâmica societária e coalizões de defesa: o enfrentamento à epidemia de Aids no município do Rio de JaneiroSocietal dynamics and defense coalitions: coping with the AIDS epidemic in the city of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30871/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Ana_Isabella_ENSP_2018.pdfapplication/pdf948467https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30871/2/ve_Ana_Isabella_ENSP_2018.pdf2043bd8b2388bc0ff1d5d8aabeb35f93MD52TEXTana_isabella_sousa.pdf.txtana_isabella_sousa.pdf.txtExtracted texttext/plain179476https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30871/3/ana_isabella_sousa.pdf.txt39680c3263e9086d89154c9155d27873MD53ve_Ana_Isabella_ENSP_2018.pdf.txtve_Ana_Isabella_ENSP_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain179476https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30871/4/ve_Ana_Isabella_ENSP_2018.pdf.txt39680c3263e9086d89154c9155d27873MD54icict/308712023-08-23 12:29:50.858oai:www.arca.fiocruz.br:icict/30871Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-23T15:29:50Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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