Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Natália Sanchez
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Caruso,Lúcia, Bergamaschi,Denise Pimentel, Cartolano,Flávia de Conti, Soriano,Francisco Garcia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2011000200011
Resumo: OBJETIVO: Investigar a relação entre adequação da oferta energética e mortalidade na unidade de terapia intensiva em pacientes sob terapia nutricional enteral exclusiva. MÉTODOS: Estudo observacional prospectivo conduzido em uma unidade de terapia intensiva em 2008 e 2009. Foram incluídos pacientes >18 anos que receberam terapia nutricional enteral por >72h. A adequação da oferta de energia foi estimada pela razão administrado/prescrito. Para a investigação da relação entre variáveis preditoras (adequação da oferta energética, escore APACHE II, sexo, idade e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e o desfecho mortalidade na unidade de terapia intensiva, utilizou-se o modelo de regressão logística não condicional. RESULTADOS: Foram incluídos 63 pacientes (média 58 anos, mortalidade 27%), 47,6% dos quais receberam mais de 90% da energia prescrita (adequação média 88,2%). O balanço energético médio foi de -190 kcal/dia. Observou-se associação significativa entre ocorrência de óbito e as variáveis idade e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, após a retirada das variáveis adequação da oferta energética, APACHE II e sexo durante o processo de modelagem. CONCLUSÃO: A adequação da oferta energética não influenciou a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva. Protocolos de infusão de nutrição enteral seguidos criteriosamente, com adequação administrado/prescrito acima de 70%, parecem ser suficientes para não interferirem na mortalidade. Dessa forma, pode-se questionar a obrigatoriedade de atingir índices próximos a 100%, considerando a elevada frequência com que ocorrem interrupções no fornecimento de dieta enteral devido a intolerância gastrointestinal e jejuns para exames e procedimentos. Pesquisas futuras poderão identificar a meta ideal de adequação da oferta energética que resulte em redução significativa de complicações, mortalidade e custos.
id AMIB-1_b1b984f877071873cc88963ea4a87c43
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-507X2011000200011
network_acronym_str AMIB-1
network_name_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository_id_str
spelling Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteralNutrição enteralNecessidade energéticaMedidas de associação, exposição, risco ou desfechoUnidades de terapia intensivaMortalidadeOBJETIVO: Investigar a relação entre adequação da oferta energética e mortalidade na unidade de terapia intensiva em pacientes sob terapia nutricional enteral exclusiva. MÉTODOS: Estudo observacional prospectivo conduzido em uma unidade de terapia intensiva em 2008 e 2009. Foram incluídos pacientes >18 anos que receberam terapia nutricional enteral por >72h. A adequação da oferta de energia foi estimada pela razão administrado/prescrito. Para a investigação da relação entre variáveis preditoras (adequação da oferta energética, escore APACHE II, sexo, idade e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e o desfecho mortalidade na unidade de terapia intensiva, utilizou-se o modelo de regressão logística não condicional. RESULTADOS: Foram incluídos 63 pacientes (média 58 anos, mortalidade 27%), 47,6% dos quais receberam mais de 90% da energia prescrita (adequação média 88,2%). O balanço energético médio foi de -190 kcal/dia. Observou-se associação significativa entre ocorrência de óbito e as variáveis idade e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, após a retirada das variáveis adequação da oferta energética, APACHE II e sexo durante o processo de modelagem. CONCLUSÃO: A adequação da oferta energética não influenciou a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva. Protocolos de infusão de nutrição enteral seguidos criteriosamente, com adequação administrado/prescrito acima de 70%, parecem ser suficientes para não interferirem na mortalidade. Dessa forma, pode-se questionar a obrigatoriedade de atingir índices próximos a 100%, considerando a elevada frequência com que ocorrem interrupções no fornecimento de dieta enteral devido a intolerância gastrointestinal e jejuns para exames e procedimentos. Pesquisas futuras poderão identificar a meta ideal de adequação da oferta energética que resulte em redução significativa de complicações, mortalidade e custos.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2011-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2011000200011Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.23 n.2 2011reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.1590/S0103-507X2011000200011info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Natália SanchezCaruso,LúciaBergamaschi,Denise PimentelCartolano,Flávia de ContiSoriano,Francisco Garciapor2011-08-01T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2011000200011Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2011-08-01T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false
dc.title.none.fl_str_mv Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
title Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
spellingShingle Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
Oliveira,Natália Sanchez
Nutrição enteral
Necessidade energética
Medidas de associação, exposição, risco ou desfecho
Unidades de terapia intensiva
Mortalidade
title_short Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
title_full Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
title_fullStr Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
title_full_unstemmed Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
title_sort Impacto da adequação da oferta energética sobre a mortalidade em pacientes de UTI recebendo nutrição enteral
author Oliveira,Natália Sanchez
author_facet Oliveira,Natália Sanchez
Caruso,Lúcia
Bergamaschi,Denise Pimentel
Cartolano,Flávia de Conti
Soriano,Francisco Garcia
author_role author
author2 Caruso,Lúcia
Bergamaschi,Denise Pimentel
Cartolano,Flávia de Conti
Soriano,Francisco Garcia
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira,Natália Sanchez
Caruso,Lúcia
Bergamaschi,Denise Pimentel
Cartolano,Flávia de Conti
Soriano,Francisco Garcia
dc.subject.por.fl_str_mv Nutrição enteral
Necessidade energética
Medidas de associação, exposição, risco ou desfecho
Unidades de terapia intensiva
Mortalidade
topic Nutrição enteral
Necessidade energética
Medidas de associação, exposição, risco ou desfecho
Unidades de terapia intensiva
Mortalidade
description OBJETIVO: Investigar a relação entre adequação da oferta energética e mortalidade na unidade de terapia intensiva em pacientes sob terapia nutricional enteral exclusiva. MÉTODOS: Estudo observacional prospectivo conduzido em uma unidade de terapia intensiva em 2008 e 2009. Foram incluídos pacientes >18 anos que receberam terapia nutricional enteral por >72h. A adequação da oferta de energia foi estimada pela razão administrado/prescrito. Para a investigação da relação entre variáveis preditoras (adequação da oferta energética, escore APACHE II, sexo, idade e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e o desfecho mortalidade na unidade de terapia intensiva, utilizou-se o modelo de regressão logística não condicional. RESULTADOS: Foram incluídos 63 pacientes (média 58 anos, mortalidade 27%), 47,6% dos quais receberam mais de 90% da energia prescrita (adequação média 88,2%). O balanço energético médio foi de -190 kcal/dia. Observou-se associação significativa entre ocorrência de óbito e as variáveis idade e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, após a retirada das variáveis adequação da oferta energética, APACHE II e sexo durante o processo de modelagem. CONCLUSÃO: A adequação da oferta energética não influenciou a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva. Protocolos de infusão de nutrição enteral seguidos criteriosamente, com adequação administrado/prescrito acima de 70%, parecem ser suficientes para não interferirem na mortalidade. Dessa forma, pode-se questionar a obrigatoriedade de atingir índices próximos a 100%, considerando a elevada frequência com que ocorrem interrupções no fornecimento de dieta enteral devido a intolerância gastrointestinal e jejuns para exames e procedimentos. Pesquisas futuras poderão identificar a meta ideal de adequação da oferta energética que resulte em redução significativa de complicações, mortalidade e custos.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2011000200011
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2011000200011
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0103-507X2011000200011
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.23 n.2 2011
reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
instname_str Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron_str AMIB
institution AMIB
reponame_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
collection Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
repository.mail.fl_str_mv diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br
_version_ 1754212859258077184