Benefícios do uso da Lumateperona no tratamento da Esquizofrenia em relação às terapias convencionais / Benefits of using Lumateperone in the treatment of Schizophrenia compared to conventional therapies

• Autor(a) principal: Vasconcellos, Bárbara Cunha
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Fernandes, Eduardo Vizeu da Costa, Puglia, Giovana Vieira, Klevenhusen, Maria Eduarda Braga, da Silva, Rafael Souza, Amaral, Yasmin
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/40528
• topic: Schizophrenia; Lumateperone; ITI-007

Objetivo: analisar o uso da Lumateperona no tratamento da esquizofrenia e seus benefícios em relação às terapias convencionais. Método: Revisão de literatura realizada pela base de dados PUBMED com os descritores "schizophrenia", "lumateperone" e "ITI-007", cruzados com operador booleano AND. Foram encontrados 24 artigos publicados entre 2016 e 2021, incluindo apenas aqueles com texto completo disponível e em inglês. Desses, 4 foram selecionados para revisão de leitura. Excluiu-se aqueles que não correspondiam ao tema. Resultados: Os pacientes em uso de Lumatuperona apresentaram melhor manejo dos sintomas da esquizofrenia do que aqueles no grupo placebo. Além disso, o medicamento se mostrou capaz de tratar os sintomas positivos, negativos e disfunções cognitivas característicos da esquizofrenia, fato o qual evidencia uma abrangência nas possibilidades de uso. O fármaco se mostrou uma opção para pacientes que apresentaram efeitos adversos no tratamento com outros antipsicóticos. Isso pode ser explicado, em parte, pela seletividade regional de receptores da Lumatuperona, que atua como um antagonista do 5HT2A e antagonista dos receptores D1, D2 e D4. Sua ausência de antagonismo muscarínico e histamínico, além de baixo antagonismo para receptores alfa-1, reduz as chances dos pacientes apresentarem problemas cardíacos, metabólicos e motores. Na fase 2 de um estudo, o fármaco resultou em uma melhora significativa de parâmetros cardiometabólicos, o que indica que pacientes com sintomas estabilizados em uso de outros antipsicóticos podem se beneficiar com a troca. Conclusões: A Lumatuperona se mostrou uma opção promissora no tratamento da esquizofrenia uma vez que apresentou, em relação aos antipsicóticos vigentes, menos efeitos colaterais e uma maior cobertura dos sintomas negativos, positivos e das alterações cognitivas. Apesar dos benefícios, ainda são necessários estudos clínicos mais extensos e comparativos para determinar a segurança e a eficácia da Lumateperona em longo prazo para essa doença.