Úlcera Péptica - uma revisão abrangente sobre a etiologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento, complicações e prevenção

• Autor(a) principal: Rosa , Isabella Mota Santa
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Evangelista, Albana Pinto, Cabral, Luís Filipe Fernandes, Gripp, Mariana Silva de Muzio, Machado , Mariana Colen
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• DOI: 10.34119/bjhrv6n5-458
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63720
• topic: Úlcera Péptica; diagnóstico; epidemiologia; etiologia; tratamento

A úlcera péptica (UP) é uma condição gastrointestinal caracterizada por lesões ulcerativas que se formam no revestimento do estômago ou na primeira porção do intestino delgado. A principal causa da UP é a infecção pelo Helicobacter pylori, uma bactéria que enfraquece a mucosa protetora do estômago. Além disso, o uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e fatores de estilo de vida, como o consumo excessivo de álcool e tabagismo, também contribuem para o desenvolvimento da condição. Sua prevalência varia geograficamente, sendo mais comum em áreas onde a infecção pelo H. pylori é prevalente. A condição pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em adultos jovens e de meia-idade. O diagnóstico envolve uma combinação de história clínica, exame físico e testes diagnósticos. Exames endoscópicos, como a endoscopia digestiva alta, são frequentemente utilizados para visualizar diretamente as úlceras e realizar biópsias. Testes de respiração, exames de sangue e testes de fezes também podem ser usados para detectar a presença do H. pylori. O tratamento depende da causa subjacente. Para úlceras associadas ao H. pylori, os antibióticos são prescritos em combinação com inibidores da bomba de prótons (IBPs) e agentes protetores da mucosa. Para úlceras relacionadas ao uso de AINEs, a descontinuação desses medicamentos e a prescrição de IBPs são comuns. As úlceras pépticas podem causar complicações graves, como hemorragias gastrintestinais, perfuração da parede do estômago ou duodeno e estenose pilórica (estreitamento do trato de saída do estômago). A prevenção envolve a adoção de medidas como evitar o uso excessivo de AINEs, reduzir o consumo de álcool e cessar o tabagismo. Por fim, o tratamento eficaz da infecção pelo H. pylori, quando presente, é fundamental na prevenção de úlceras relacionadas a essa bactéria.