Síndrome de Goodpasture: uma abordagem diagnóstica, evolução clínica e revisão

• Autor(a) principal: de Carvalho, Marília Vieira
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Rodrigues, Thaís Morais, Gonsales, Carla Gabrielle dos Santos, da Silva, Letícia Fonseca, Machado, Lorena Jordão, Manata, Isadora Cunha, Moreira, Juliana Malta, Borges, Carinne Vilela Ferreira, Hammes, Debora Daiana, Vieira, Déborah Medeiros Polastri, Cobianchi, Sávio Carvalho, de Siqueira, Renato Vaz, Ramos, Rafael Escobar
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63178
• topic: Goodpasture; autoimunidade; glomérulos; pulmões; anticorpos; doença rara

Introdução: A Síndrome de Goodpasture é uma doença rara, de natureza autoimune, caracterizada pela formação de anticorpos contra o colágeno tipo IV, presente nos glomérulos dos rins e nos alvéolos dos pulmões. Esse ataque imunológico causa danos nos rins e pulmões, resultando em glomerulonefrite e hemorragias pulmonares. Apresentação do Caso: Paciente masculino, com 32 anos de idade, natural do estado de Goiás, procurou o serviço de urgência e emergência devido a quadro de hemoptise, acompanhado de fadiga e náuseas, que havia começado cerca de cinco meses atrás e piorou significativamente nas últimas 24 horas. O paciente relatou ter sido ex-tabagista por 15 anos, com um consumo de um maço por dia, e negou ter tido infecções recentes anteriores ao quadro atual. Ao exame físico, o paciente apresentava-se lúcido, orientado no tempo e espaço, hemodinamicamente estável, sem icterícia ou cianose, bem hidratado, porém com palidez cutâneo-mucosa acentuada. Discussão: A doença é mais prevalente na população em homens brancos entre 30 a 60 anos de idade. Alguns fatores parecem predispor a síndrome: histórico familiar, tabagismo, infecções respiratórias de repetição e contato com substâncias como metano e propano. Os sintomas incluem tosse com sangue, dificuldade respiratória, fadiga e insuficiência renal. O diagnóstico é baseado em exames de sangue e biópsias dos órgãos afetados. O tratamento envolve imunossupressores e terapias de suporte, como diálise. Conclusão: É evidente que o conhecimento dessa patologia possibilita realizar diagnóstico diferencial com demais enfermidades. Por isso, a detecção precoce é essencial para melhorar o prognóstico do paciente.