Eficácia de novas abordagens terapêuticas para a doença de Chagas: uma revisão integrativa

• Autor(a) principal: Mendes, Biancca Bavelloni
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Santos, Bruno Souza, Teixeira, Matheus de Souza, Naves, Tatiana Póvoa, do Nascimento, Pablo Giagio, Marques, Pamela Cristina, Guimarães, Aysla Ferreira Chaves, Fonseca, Maria Eduarda Rocha Machado, Sampaio, Dayanne Beatriz Gomes, Lopes, Carla Gabriela Arruda, dos Santos, Marcelle Tacima, Casanova, Maysa Batista, Morello, Yasmin Lemos, de Souza, Pedro Érico Alves
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58832
• topic: Doença de chagas; tratamento; ensaio clínico; medicina baseada em evidências

A doença de Chagas é uma doença tropical negligenciada, caracterizada pela infecção humana crônica decorrente do protozoário Trypanosoma cruzi e que afeta cerca de 8 a 10 milhões de pessoas em todo o mundo. O presente estudo de revisão buscou avaliar novos avanços e atualizações na abordagem terapêutica da doença de Chagas, documentados por meio de estudos clínicos e randomizados. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos e testes controlados e randomizados; artigos publicados nos últimos três anos; que possuíam texto completo disponível e que abordassem acerca da terapêutica da doença de Chagas. Ficou constatado que o nifurtimox ajustado para idade e peso por 60 dias alcançou uma resposta sorológica 12 meses após o tratamento que foi superior ao placebo, sendo tolerado e com um perfil de segurança favorável em crianças com doença de Chagas. Ademais, o benznidazol, em associação com o fosravuconazol, conseguiu induzir resposta antiparasitária e eficaz, independente da duração do tratamento, dose ou combinação com o fosravuconazol, sendo bem tolerado em pacientes adultos na fase crônica da doença de Chagas. Por fim, o fexinidazol possibilitou a eliminação precoce e completa do T. cruzi que se manteve por 12 meses. No entanto, 20% dos pacientes tratados com fexinidazol desenvolveram neutropenia, além de apresentarem elevação de enzimas hepáticas durante o período de acompanhamento, sendo aplicada a interrupção do tratamento.