Eficácia do tratamento de Neurofeedback em crianças com TDAH: uma revisão literária/Effectiveness of Neurofeedback treatment in children with TDAH: a literary review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinheiro, Sarah Mezadri
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Gratival, Caroline Lopes, Peterle, Julia Altoé, Teixeira, Rayssa Souza, Caiado, Yaritza Suhett, Morais, Guilherme Vassalo, Drumond, Loise Cristina Passos, Paulo, Marcela Souza Lima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16684
Resumo: Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma psicopatologia de causas genéticas considerada uma condição crônica que se inicia na infância e persiste na vida adulta. A criança portadora apresenta sintomas constantes geralmente conectados a problemas de aprendizagem e comunicação, tendo níveis diferentes de sensibilidades e de respostas aos variados tipos de tratamentos que podem ser utilizados. O Neurofeedback (NF), tratamento que visa melhorar a auto-regulação da atividade cerebral usando uma interface cérebro-computador, tornou-se popular em estudos e no manejo de pacientes. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura acerca da eficácia do NF como tratamento alternativo em crianças entre seis e doze anos de idade portadoras de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Métodos: Para conduzir a redação desse artigo de revisão, foram usados os descritores "Attention Deficit Disorder with Hyperactivity” AND Neurofeedback AND Child, definidos pelo Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MESH). A princípio, foram encontrados 90 artigos com os descritores selecionados. Após aplicados os critérios de inclusão e exclusão e de retiradas as duplicatas, foram escolhidos 10 artigos para estudo. Ao final, houve inclusão de 1, totalizando 11 artigos. Resultados:  Uma vez que o TDAH é tipificado pelo autocontrole deficiente e o NF tem como alvo o aprimoramento desta característica, o transtorno é o distúrbio psiquiátrico em que ele foi mais aplicado. Ainda que não haja riscos conhecidos no uso do NF, existem critérios para a exclusão de seu uso, como quociente de inteligência infantil abaixo da média, diagnóstico de esquizofrenia e de depressão, pois podem não surtir o efeito esperado. A aprendizagem do autocontrole pode ser melhorada com variáveis cognitivas-atribucionais, como a motivação e o bom humor, uma vez que facilitam a ativação pré-frontal e, desta forma, o controle cognitivo, auxiliando na redução de sintomas das crianças com o transtorno. Conclusão: O NF é completamente natural, ou seja, não medicamentoso, além de não-invasivo, sendo um tratamento alternativo sem riscos para o paciente. No entanto, ainda é criticado por psiquiatras e psicólogos por não levar em conta fatores estressantes externos e ambientais,  além de não apresentar o acompanhamento considerado necessário. Apesar disso, por consistir em um procedimento que auxilia na autorregulação a nível neurofisiológico e cognitivo-comportamental, tem como consequências positivas o controle de impulsos e a regulação da atenção. Apresenta, ainda, melhoria nas atividades cognitivas de crianças de seis a doze anos, que comumente estão em fase escolar ativa, recebendo muitas informações a serem processadas diariamente. O tratamento permite, com o tempo, que o indivíduo seja capaz de sustentar sua atenção de forma voluntária e consistente.
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