Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46809 |
Resumo: | Introdução: As estatinas, inibidores da HMG-CoA redutase, são medicações contraindicadas na gestação, visto o risco à exposição dessa medicação de teratogênese. Entretanto, estudos mais recentes questionam esse risco teratogênico. O objetivo do estudo foi avaliar os riscos do uso de estatinas durante a gestação. Metodologia: Revisão bibliográfica referente ao estudo dos riscos do uso de estatinas durante a gestação, realizada na base PUBMED com a combinação de palavras chaves pelo MESH terms Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors AND Pregnancy AND Women, obtendo-se 110 artigos e selecionando-se seis para revisão. Foram incluídas publicações, estudos clínicos, metanálises e revisões sistemáticas dos últimos cinco anos. Após essa etapa, foi realizada a revisão dos seis artigos. Resultados e discussão: Os estudos não mostraram uma relação clara entre anomalias congênitas e o uso de estatinas durante a gestação. Além disso, os ensaios clínicos avaliaram que, em gestantes, é possível que a pravastatina tenha papel na prevenção da pré-eclâmpsia, iniciada no segundo trimestre, com risco menor de anomalias. Já outro estudo avaliou pacientes notificados ao FDA por exposição à estatina e foi visto que, entre 52 casos, 9 apresentavam anomalias congênitas. Apesar disso, não é possível ratificar tal associação, visto que há limitação por viés de seleção. Além disso, os estudos não tiveram metodologia controlada. Conclusão: Os estudos não mostraram relação clara entre o uso de estatinas e anomalias congênitas na gestação, corroborando com o fato de que, provavelmente, esses fármacos não são teratogênicos. Portanto, ainda que os estudos sejam iniciais, as estatinas devem ser evitadas na gravidez. Além disso, estudos em andamento acerca da prevenção de pré-eclâmpsia em mulheres com risco irão, provavelmente, mudar nossa visão sobre os riscos da terapia com estatinas na gravidez. |
id |
BJRH-0_230e4c2b62251bf56dac91a9d222aa46 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/46809 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature reviewhydroxymethylglutaryl-coa reductase inhibitorspregnancywomen.Introdução: As estatinas, inibidores da HMG-CoA redutase, são medicações contraindicadas na gestação, visto o risco à exposição dessa medicação de teratogênese. Entretanto, estudos mais recentes questionam esse risco teratogênico. O objetivo do estudo foi avaliar os riscos do uso de estatinas durante a gestação. Metodologia: Revisão bibliográfica referente ao estudo dos riscos do uso de estatinas durante a gestação, realizada na base PUBMED com a combinação de palavras chaves pelo MESH terms Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors AND Pregnancy AND Women, obtendo-se 110 artigos e selecionando-se seis para revisão. Foram incluídas publicações, estudos clínicos, metanálises e revisões sistemáticas dos últimos cinco anos. Após essa etapa, foi realizada a revisão dos seis artigos. Resultados e discussão: Os estudos não mostraram uma relação clara entre anomalias congênitas e o uso de estatinas durante a gestação. Além disso, os ensaios clínicos avaliaram que, em gestantes, é possível que a pravastatina tenha papel na prevenção da pré-eclâmpsia, iniciada no segundo trimestre, com risco menor de anomalias. Já outro estudo avaliou pacientes notificados ao FDA por exposição à estatina e foi visto que, entre 52 casos, 9 apresentavam anomalias congênitas. Apesar disso, não é possível ratificar tal associação, visto que há limitação por viés de seleção. Além disso, os estudos não tiveram metodologia controlada. Conclusão: Os estudos não mostraram relação clara entre o uso de estatinas e anomalias congênitas na gestação, corroborando com o fato de que, provavelmente, esses fármacos não são teratogênicos. Portanto, ainda que os estudos sejam iniciais, as estatinas devem ser evitadas na gravidez. Além disso, estudos em andamento acerca da prevenção de pré-eclâmpsia em mulheres com risco irão, provavelmente, mudar nossa visão sobre os riscos da terapia com estatinas na gravidez.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-04-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/4680910.34119/bjhrv5n2-275Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 2 (2022); 7155-7161Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 2 (2022); 7155-71612595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46809/pdfCopyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessReis, Mariane AlbuquerqueMacedo, Gabriel Penha Revoredo deAmorim, Renata Bezerra MenezesPereira, Deise AzevedoMedeiros, Ingrid Iana FernandesTorres, Kyvia RamosFigueiredo, Leonardo José Vieira deReis, Isabelle AlbuquerqueReis, João Victor de CarvalhoTavares, Geovanna MirandaMenezes, Diego Amorim Serafim2022-05-02T19:47:15Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/46809Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2022-05-02T19:47:15Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review |
title |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review |
spellingShingle |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review Reis, Mariane Albuquerque hydroxymethylglutaryl-coa reductase inhibitors pregnancy women. |
title_short |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review |
title_full |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review |
title_fullStr |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review |
title_full_unstemmed |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review |
title_sort |
Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review |
author |
Reis, Mariane Albuquerque |
author_facet |
Reis, Mariane Albuquerque Macedo, Gabriel Penha Revoredo de Amorim, Renata Bezerra Menezes Pereira, Deise Azevedo Medeiros, Ingrid Iana Fernandes Torres, Kyvia Ramos Figueiredo, Leonardo José Vieira de Reis, Isabelle Albuquerque Reis, João Victor de Carvalho Tavares, Geovanna Miranda Menezes, Diego Amorim Serafim |
author_role |
author |
author2 |
Macedo, Gabriel Penha Revoredo de Amorim, Renata Bezerra Menezes Pereira, Deise Azevedo Medeiros, Ingrid Iana Fernandes Torres, Kyvia Ramos Figueiredo, Leonardo José Vieira de Reis, Isabelle Albuquerque Reis, João Victor de Carvalho Tavares, Geovanna Miranda Menezes, Diego Amorim Serafim |
author2_role |
author author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Reis, Mariane Albuquerque Macedo, Gabriel Penha Revoredo de Amorim, Renata Bezerra Menezes Pereira, Deise Azevedo Medeiros, Ingrid Iana Fernandes Torres, Kyvia Ramos Figueiredo, Leonardo José Vieira de Reis, Isabelle Albuquerque Reis, João Victor de Carvalho Tavares, Geovanna Miranda Menezes, Diego Amorim Serafim |
dc.subject.por.fl_str_mv |
hydroxymethylglutaryl-coa reductase inhibitors pregnancy women. |
topic |
hydroxymethylglutaryl-coa reductase inhibitors pregnancy women. |
description |
Introdução: As estatinas, inibidores da HMG-CoA redutase, são medicações contraindicadas na gestação, visto o risco à exposição dessa medicação de teratogênese. Entretanto, estudos mais recentes questionam esse risco teratogênico. O objetivo do estudo foi avaliar os riscos do uso de estatinas durante a gestação. Metodologia: Revisão bibliográfica referente ao estudo dos riscos do uso de estatinas durante a gestação, realizada na base PUBMED com a combinação de palavras chaves pelo MESH terms Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors AND Pregnancy AND Women, obtendo-se 110 artigos e selecionando-se seis para revisão. Foram incluídas publicações, estudos clínicos, metanálises e revisões sistemáticas dos últimos cinco anos. Após essa etapa, foi realizada a revisão dos seis artigos. Resultados e discussão: Os estudos não mostraram uma relação clara entre anomalias congênitas e o uso de estatinas durante a gestação. Além disso, os ensaios clínicos avaliaram que, em gestantes, é possível que a pravastatina tenha papel na prevenção da pré-eclâmpsia, iniciada no segundo trimestre, com risco menor de anomalias. Já outro estudo avaliou pacientes notificados ao FDA por exposição à estatina e foi visto que, entre 52 casos, 9 apresentavam anomalias congênitas. Apesar disso, não é possível ratificar tal associação, visto que há limitação por viés de seleção. Além disso, os estudos não tiveram metodologia controlada. Conclusão: Os estudos não mostraram relação clara entre o uso de estatinas e anomalias congênitas na gestação, corroborando com o fato de que, provavelmente, esses fármacos não são teratogênicos. Portanto, ainda que os estudos sejam iniciais, as estatinas devem ser evitadas na gravidez. Além disso, estudos em andamento acerca da prevenção de pré-eclâmpsia em mulheres com risco irão, provavelmente, mudar nossa visão sobre os riscos da terapia com estatinas na gravidez. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-04-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46809 10.34119/bjhrv5n2-275 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46809 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv5n2-275 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46809/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 2 (2022); 7155-7161 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 2 (2022); 7155-7161 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240074036838400 |