Riscos de uso de estatinas na gestação: uma revisão de literatura / Risks of statin use in pregnancy: a literature review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Mariane Albuquerque
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Macedo, Gabriel Penha Revoredo de, Amorim, Renata Bezerra Menezes, Pereira, Deise Azevedo, Medeiros, Ingrid Iana Fernandes, Torres, Kyvia Ramos, Figueiredo, Leonardo José Vieira de, Reis, Isabelle Albuquerque, Reis, João Victor de Carvalho, Tavares, Geovanna Miranda, Menezes, Diego Amorim Serafim
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46809
Resumo: Introdução: As estatinas, inibidores da HMG-CoA redutase, são medicações contraindicadas na gestação, visto o risco à exposição dessa medicação de teratogênese. Entretanto, estudos mais recentes questionam esse risco teratogênico. O objetivo do estudo foi avaliar os riscos do uso de estatinas durante a gestação. Metodologia: Revisão bibliográfica referente ao estudo dos riscos do uso de estatinas durante a gestação, realizada na base PUBMED com a combinação de palavras chaves pelo MESH terms Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors AND Pregnancy AND Women, obtendo-se 110 artigos e selecionando-se seis para revisão. Foram incluídas publicações, estudos clínicos, metanálises e revisões sistemáticas dos últimos cinco anos. Após essa etapa, foi realizada a revisão dos seis artigos. Resultados e discussão: Os estudos não mostraram uma relação clara entre anomalias congênitas e o uso de estatinas durante a gestação. Além disso, os ensaios clínicos avaliaram que, em gestantes, é possível que a pravastatina tenha papel na prevenção da pré-eclâmpsia, iniciada no segundo trimestre, com risco menor de anomalias. Já outro estudo avaliou pacientes notificados ao FDA por exposição à estatina e foi visto que, entre 52 casos, 9 apresentavam anomalias congênitas. Apesar disso, não é possível ratificar tal associação, visto que há limitação por viés de seleção. Além disso, os estudos não tiveram metodologia controlada. Conclusão: Os estudos não mostraram relação clara entre o uso de estatinas e anomalias congênitas na gestação, corroborando com o fato de que, provavelmente, esses fármacos não são teratogênicos. Portanto, ainda que os estudos sejam iniciais, as estatinas devem ser evitadas na gravidez. Além disso, estudos em andamento acerca da prevenção de pré-eclâmpsia em mulheres com risco irão, provavelmente, mudar nossa visão sobre os riscos da terapia com estatinas na gravidez.
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