Fragilidade e estado nutricional de idosos em hemodiálise / Frailty and nutritional status of elderly undergoing hemodialysis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/21943 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A síndrome de fragilidade é uma condição que aumenta a vulnerabilidade dos indivíduos com doença renal crônica (DRC), repercute na qualidade de vida e está relacionada a desfechos negativos como mortalidade. OBJETIVO: Essa pesquisa teve como objetivo avaliar a relação entre fragilidade e estado nutricional de idosos em hemodiálise. MÉTODO: Tratou-se de um estudo transversal com 50 pacientes idosos que realizavam hemodiálise, três vezes por semana, na unidade de nefrologia do Hospital Regional de Taguatinga, do Distrito Federal. Para rastrear a síndrome da fragilidade foi utilizada a versão autorreferida do índice de fragilidade de Fried. Já o estado nutricional foi identificado pela avaliação subjetiva global com escala de sete pontos. As demais variáveis como sexo, idade, kt/V, causas da doença renal, índice de massa corporal e parâmetros bioquímicos (hemoglobina, potássio, albumina e fósforo) foram coletados em prontuário eletrônico e por meio das evoluções nutricionais. As análises dos dados foram conduzidas no programa Statistical Package for the Social Sciences versão 23.0, utilizou-se o teste de normalidade Kolmogorov Smirnov, correlação de Pearson para variáveis quantitativas, teste t Student para variáveis independentes, Qui-quadrado de Pearson para variáveis categóricas e análise de regressão logística multivariada para verificar os fatores relacionados à fragilidade. O nível de significância foi de p<0,05. RESULTADOS: Dos idosos avaliados 56,0% (n=28) eram do sexo masculino. A média de idade foi de 70,56±7,07 anos, com tempo médio de diálise de 20,78± 40,78 meses e média do índice de massa corporal de 23,36±5,23 kg/m2. A prevalência de idosos frágeis foi de 72,0% (n=36). A desnutrição leve à moderada foi encontrada em 70,0% (n=35) dos pacientes e a forma grave em 8,0% (n=4). As doenças de base mais prevalentes foram diabetes (30,0%, n=15) e hipertensão (30,0%, n=15). Pacientes desnutridos apresentaram 6,0 vezes mais chance HR=6,0 (95%IC 1,36-26,45; p=0,009) de apresentar fragilidade em relação aos pacientes sem desnutrição. As demais variáveis não tiveram uma correlação significativa com fragilidade. CONCLUSÃO: A síndrome da fragilidade está correlacionada com o estado nutricional, destacando-se a importância da avaliação nutricional e do diagnóstico precoce da fragilidade em idosos com DRC. |
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