Síndrome de Meigs: Meigs syndrome

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pachêco, Bárbara Santos Nogueira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Gonçalves, Bárbara Rocha, Araújo, Flávia de Sousa, Silva, Izabelle Barreto, Parras, Geovana Cássia de Carvalho, Alcanfor, Laura Borges Mendes, Tippple, Nathalia Machado Fleury Jubé, Bomtempo, Nayanda Carvalho, Cintra, Nicole Martins de Freitas, Caixeta, Amanda Ramos, Feltraco, Jéssica, Rassi, Lucas Freire, Machado, Maria Caroline Martins, Araújo, Nathasia Christyelle Rolim de, Ribeiro, Millena de Freitas, Santos, Patrícia Prado dos, Alecrin, Thaís Fernandes da Câmara, Anunciação, Suzana Ferreira da, Oliveira, Danielly Cristine de, Marcato, Vanessa Rigoni, Nahás, Geórgia Petri
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/52056
Resumo: Introdução A Síndrome de Meigs é uma patologia de etiologia não muito bem definida, caracterizada pela tríade: tumor pélvico benigno, derrame pleural e ascite. Pode se desenvolver desde a vida intrauterina, até a adulta, e possui bom prognóstico se diagnosticada precocemente. A apresentação clínica desta patologia depende do seu estágio de progressão. Seu diagnóstico é clínico, sendo utilizados também exames de imagem na elucidação diagnóstica. A conduta frente ao quadro é a anexectomia bilateral, histerectomia e envio do material para análise anatomopatológica. Após dias da cirurgia, há melhora clínica das pacientes. Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos de idade, admitida em PS Goiânia em REG, LOTE, apresentando dispnéia aos médios esforços, aumento do volume abdominal e perda de 3kg em 2 meses, com piora dos sintomas há 15 dias. A radiografia de tórax evidenciou pequeno derrame pleural bilateral e cardiomegalia leve, e a tomografia computadorizada de abdome total revelou ascite 2/4 e tumoração em FIE. Discussão A Síndrome de Meigs é uma patologia relativamente comum na prática clínica que não possui predileção por determinada faixa etária. Pode acometer também o intestino, o retroperitônio, entre outros locais distantes. Os tumores ovarianos benignos mais encontrados são, respectivamente, fibromas, fibrotecalomas, Brenner e tumores da célula granulosa e geralmente são acompanhados por ascite, derrame pleural e elevação do CA-125. Ainda não há explicação fundamentada sobre a fisiopatologia desta síndrome. Há duas teorias que fundamentam a ocorrência da ascite: a que sugere irritação do tumor ao peritônio, acumulando líquido ascítico e a teoria de mediadores hormonais produzidos pelo tumor. O Derrame Pleural também não possui etiologia bem definida. Conclusão A Síndrome de Meigs cursa com resolução espontânea dos sinais e sintomas após ressecção completa do tumor. É de suma importância o diagnóstico e o manejo adequados  para o diagnóstico diferencial com síndromes neoplasias malignas, que possuem alta letalidade entre as condições ginecológicas.
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