O papel da imunidade na Esquizofrenia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Amanda Marçal
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Araújo, Clara Figueiredo, Lopes, Davi Matioli, Mattos, Eduarda Pandiá Câmara, Tavares, José Pedro Gomes de Faria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66761
Resumo: A esquizofrenia (SCZ), como distúrbio mental grave e crônico, assume uma significativa relevância médica, atingindo aproximadamente 1% da população mundial. Esta patologia manifesta-se clinicamente em diversos domínios da saúde dos afetados, incluindo cognição, percepção e comportamento. Assim, torna-se evidente que a gravidade e a cronicidade da SCZ impactam a qualidade de vida dos portadores, transcendendo os limites da saúde física. A etiologia da esquizofrenia tem sido associada a fatores ambientais e genéticos ao longo dos anos. Estudos recentes destacam a imunidade como um elemento crucial na progressão e no surgimento da doença em indivíduos predispostos. Este artigo tem como objetivo analisar, por meio de uma revisão de literatura, o papel da imunidade nesse contexto. A revisão integrativa utilizou a base de dados PubMed, empregando os descritores "Schizophrenia AND (immunity OR immune OR inflammation)". Dos 4748 artigos encontrados, apenas 18 preencheram os critérios de pesquisa, sendo selecionados para referenciar o presente estudo. Ao abordar a relação entre o sistema imune e a progressão da SCZ, constatou-se que processos inflamatórios podem desencadear a ativação da inflamação microglial e a liberação de citocinas pró-inflamatórias, associadas à neuroinflamação e, consequentemente, ao avanço da SCZ. Testes genéticos revelaram que alterações, como a deleção do gene SLC1A1, responsável por funções imunes, estão ligadas ao aumento do risco de desenvolvimento da SCZ. Adicionalmente, níveis elevados de interleucina-6 em processos inflamatórios demonstram capacidade para intensificar os sintomas neuropsiquiátricos ao promover o aumento de dopamina no sistema nervoso. Portanto, compreender o papel da imunidade revela-se crucial para avançar na compreensão da SCZ e aprimorar as abordagens terapêuticas. Em contraste com as terapias convencionais centradas nos neurotransmissores, as novas abordagens imunes apresentam potencial para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos indivíduos afetados por essa patologia.
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