Perfil da prática da automedicação por estudantes de medicina / Overview of the practice of self-medication by medical students

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Brito, Marcela Cirino
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Castilho, César Teixeira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/35504
Resumo: Introdução: A automedicação, caracterizada pela ministração de medicamentos sem orientação profissional ou com a dispensa de prescrição médica, é uma prática realizada pela população de forma generalizada, notoriamente de alta prevalência entre estudantes de medicina. Apesar de em certas situações se dar de forma benéfica, tomar medicamentos sem nenhum tipo de aconselhamento profissional, é uma atitude que configura sérios riscos à saúde, tanto individual quanto coletiva. Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores envolvidos na prática da automedicação por estudantes do curso de medicina. Método: Trata-se de um estudo observacional analítico de caráter transversal sobre o perfil da automedicação em acadêmicos de medicina, com enfoque na análise da prevalência da prática entre essa população. A amostra do estudo contou com 315 estudantes. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário eletrônico enviado por aplicativos de mensagens instantâneas a estudantes de medicina de uma faculdade privada de ensino superior do estado de Minas Gerais. Os dados obtidos foram tabulados e a análise das respostas se deu mediante uso do programa Minitab 18. Para a associação entre as variáveis categóricas foram utilizados o Teste exato de Fisher e o Teste qui-quadrado de Pearson.  Resultados: A prevalência da automedicação na população estudada foi alta (92,7%), no período retroativo de 12 meses, e, mesmo os que não praticaram em nenhum momento nesse período relataram já terem se automedicado em algum momento da vida. Os medicamentos mais utilizados pelos participantes foram os analgésicos, seguidos dos AINES. A maior parte dos participantes (42%) respondeu que o ingresso no curso de medicina influenciou a intensificar a prática, enquanto que 33% assinalou que não influenciou em nada, 3% que influenciou a começar a praticar, 20% que influenciou a reduzir a prática e 2% que influenciou a não praticar. Conclusão: A identificação da prevalência da automedicação pelos estudantes de medicina é um importante marcador para auxiliar medidas cabíveis de intervenção quando necessárias, para que os estudantes possam minimizar a realização inadequada desse hábito por si mesmos e para que assim possam auxiliar os futuros pacientes quanto ao assunto.
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