Ingestão alimentar e fatores associados a Etiopatogênese do Transtorno do Espectro Autista / Food intake and factors associated with Ethiopatogenesis of Autistic Spectrum Disorder

• Autor(a) principal: Oliveira, Pedro Costa
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Teixeira, Gustavo de Godoi, Rubio, Renato Merlone, Vieira, Matheus Pereira, Dias, Desirrê Morais, Rosa, Alcimar de Melo, Cupertino, Marli do Carmo
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/23097
• topic: pediatria; comportamento alimentar; transtorno autístico.

Introdução: O diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA) tem aumentado significativamente na última década. O TEA não possui etiologia bem definida e a sintomatologia está relacionada a comprometimento no comportamento e interação social, além de distúrbios neurológicos com frequentes alterações alimentares, sugerindo intervenções nutricionais para melhora do quadro. Objetivo: Analisar a ingestão alimentar e alterações gastrointestinais, além de fatores associados a etiopatogênese do TEA em crianças. Métodos: Realizou-se estudo transversal através de questionários aplicados aos pais e profissionais que trabalham com as crianças, que recebem educação especial em um município de referência regional. Resultados: A exposição a fatores estressantes pré-natais e cólicas nos primeiros meses de vida foram relatados, respectivamente, em 89% e 100% das crianças com TEA. Em relação à ingestão alimentar, as crianças não apresentaram seletividade alimentar quanto à textura, temperatura, cor e características organolépticas dos alimentos, o que contribui para o aumento da diversidade alimentar e melhor adequação dos nutrientes. Foi observada alta aceitação para lácteos e alimentos com glúten, no entanto, isso não significou aumento da ocorrência de alterações gastrointestinais. Conclusão: Conclui-se que a ingestão alimentar e as alterações gastrointestinais de crianças com TEA desse estudo não apresentaram padrões diferentes de crianças normais. Porém fatores estressantes pré-natais e cólicas nos primeiros meses de vida são sugestivos de estarem associados ao desenvolvimento do TEA.