PCABS como substitutos de IBPS
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61677 |
Resumo: | A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) apresenta grande relevância para a saúde pública com potencial de reduzir significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Estima-se que acometa 7,3 a 20% da população no Brasil. A DRGE apresenta amplo espectro clínico que varia de doença do refluxo não erosiva (NERD), esofagite erosiva (EE) e esofagite complicada (úlcera, metaplasia e estenose). Apesar dos tratamentos já existentes, tem sido registradas 11.732 internações por úlceras pépticas ou duodenais em instituições públicas e privadas no decorrer do último ano. O tratamento padrão ouro com inibidores da bomba de prótons (IBPs) tem limitações como baixa biodisponibilidade, escape ácido noturno, polimorfismo da CYP2C19 e baixa adesão ao regime prescrito. A necessidade de novas terapias promoveu o desenvolvimento de uma nova classe de medicamentos, os bloqueadores ácido competitivos de potássio (PCAB). Esses inibem a enzima de bomba de prótons de maneira reversível e competitiva com potássio e não requerem ativação ácida nas células parietais, logo reduzem a acidez de maneira mais rápida e estável que os IBPs. O presente trabalho tem como objetivo comparar a existência ou não de vantagens dos PCABs sobre os IBPs, de modo a avaliar os casos em que há benefícios em substituir os IBPs por PCABs. Metodologicamente, trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo exploratória e integrativa com pesquisa realizada nos bancos de dados Scielo, PubMed, BVS e UpToDate, através dos descritores “proton pump inhibitors“ and ”potassium competitive acid blocker”. A pesquisa resultou em 19 artigos escolhidos para esse estudo após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Os resultados monstraram que a classe dos PCABs apresentou supressão rápida e sustentada da secreção ácida que inclui o período noturno com perfil de segurança semelhante ao dos IBPs. Além disso, os competidores de potássio mostraram eficácia no tratamento da esofagite de refluxo refratárias aos IBPs, na prevenção da recorrência de úlceras pépticas relacionadas ao uso de AINES e na redução das taxas de recorrência de sintomas em pacientes com esofagite erosiva. Ainda, foram mais eficazes, associados aos antibióticos, na erradicação do Helicobacter pylori em comparação aos IBPs. Conclui-se, portanto, que os PCABs, podem ser uma opção terapêutica promissora para pacientes com diversas afecções gástricas, sendo necessárias mais pesquisas que evidenciem melhor o potencial terapêutico e perfil de segurança. |
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