Gravidez ectópica cornual: relato de caso / Cornual ectopic pregnancy: case report

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Augusto, João Pedro Andrade
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Ribeiro, Vitória Cristina Almeida Flexa, Alcoforado, Ianna Débora Rêgo Guedes, Moura, Ana Lorena Maia, Maia, Sammya Bezerra, Moura, Holanda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/47182
Resumo: Introdução: A Gravidez Ectópica (GE) consiste na implantação e desenvolvimento do ovo fora do endométrio. É um dos principais casos de urgência obstétrica e de óbito materno no primeiro trimestre. De acordo com o local de implementação do ovo, a GE pode ser classificada em tubária (ampular, ístmica, fimbrial e intersticial) e extra-tubária (abdominal, ovariana e cervical). A gravidez ectópica intersticial também chamada de cornual (GEC) ocorre na junção da tuba uterina com o corno uterino e consiste em 1 a 2%  dos casos das gestações tubárias. Relato de caso: LMS, 36 anos, G4P0A3. Admitida na emergência obstétrica de uma maternidade secundária relatou dor hipogástrica, com 24 horas de evolução e piora gradual com sangramento vaginal de pequena monta. Refere ciclos menstruais irregulares e atividade sexual regular sem uso de contraceptivos. Apresentava-se hipocorada, abdome indolor à palpação superficial e doloroso à profunda. Ao exame especular, presença de coágulos em pequena quantidade em fundo de saco posterior e toque vaginal, indolor à palpação, colo grosso, fechado e posterior. Batimentos cardíacos fetais não detectados. Seus exames constavam β-hCG qualitativo positivo, hemograma e sumário de urina normais e USTV com volumosa imagem heterogênea com área anecóica em seu interior circundada por fluxo periférico ao Doppler, localizada no fundo de cavidade uterina à esquerda, com maior área de cavidade endometrial livre de saco gestacional. Ela apresentou um episódio de síncope com piora do quadro clínico, sendo indicada laparotomia de emergência (LE). Necessitou reposição volêmica, sanguínea e controle hemodinâmico, obtendo estabilidade clínica e alta hospitalar após 72h de internamento. Ao exame histopatológico: “material trofoblástico sem sinais de infecção”. Conclusão: Apesar de dificuldades técnicas e limitação dos exames na emergência, a atuação rápida de uma equipe concorre para uma boa resolução de casos emergenciais. 
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