Atualizações em Sepse como facilidade de diagnóstico precoce: um relato de caso / Sepsis updates as a facility for early diagnosis: a related case

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Talita Marques da
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Faria, Ana Paula Gonçalves, Guimarães, Fernando Soares, Santiago, Isabella Reis, Sousa, Marcelo José de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/3083
Resumo: Com incidência global e potencialmente fatal, a Sepse foi tema, em 2016, do consenso Sepsis 3, por ser a principal causa de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). Essa atualização modifica conceitos ante as definições, os riscos, os fundamentos diagnósticos e os meios de tratamento previamente estabelecidos para a patologia supracitada. Homem, 79 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica e com diagnóstico prévio de câncer colorretal semiobstrutivo sem acompanhamento oncológico. Compareceu no Pronto Atendimento com dor abdominal intensa, vômitos fecalóides e parada da eliminação de flatos e fezes há 3 dias. Após 48 horas, evoluiu com piora do quadro, sendo encaminhado à UTI por vaga zero. Em exame físico, apresentava-se hipocorado, gemente, hipotenso, desidratado, taquicárdico, taquipneico, com abdome distendido e hipertimpânico, palpação abdominal impossibilitada. Foi instaurada reposição volêmica vigorosa e iniciada antibioticoterapia por suspeita de septicemia. Sem resposta à conduta, houve piora do padrão respiratório e rebaixamento do nível de consciência associado a hipotensão severa. Assim, iniciou-se Noradrenalina 20 mL/h IV e optou-se por intubação endotraqueal com ventilação mecânica. Após estabilização, a Tomografia Computadorizada confirmou obstrução colorretal completa, além de perfuração intestinal e sinais de isquemia mesentérica. Devido a progressão de sepse à choque séptico e ao câncer avançado sem terapêutica, o paciente evoluiu à óbito. As modificações propostas pelo Sepsis-3 têm intuito de facilitar as diretrizes diagnósticas, havendo a permanência de apenas dois conceitos: Sepse e Choque Séptico. Além disso, houve a prevalência do Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e do quick SOFA (qSOFA), visando a avaliação rápida de pacientes graves à beira do leito. O diagnóstico assertivo e precoce possibilita a implantação do tratamento nas primeiras 6 horas após atendimento, com provável redução de mortalidade nessas condições. O Sepsis-3 surgiu para atualizar conceitos sobre Sepse e Choque Séptico, contemplando imprecisões prévias e viabilizando a redução vigorosa de mortalidade por maior praticidade no diagnóstico clínico. Corroborando dessas atualizações e devido à possibilidade de triagem através da aplicação de escores à beira do leito, obtém-se vantagem quanto à existência de somente duas condições para classificação, tal como a facilidade de aplicação. 
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