Implicações e risco da polifarmácia em pacientes idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Selbmann, Alexandre
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Gomes, Caio Hamad Pereira, Cahino, João Pedro de Abrantes Bronzeado, Rezende, Martina Sales de, Cavalcante, Nuhara Hamad Pereira Gomes, Freitas, Samuel Navarro, Bomfim, Vanessa Barbosa, Souza, Alysson Kennedy Pereira de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68409
Resumo: O envelhecimento é um processo dinâmico que envolve mudanças morfológicas e funcionais. Com o aumento da idade, os idosos enfrentam disfunções naturais em vários órgãos e sistemas simultaneamente, o que frequentemente resulta em múltiplas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). A pesquisa nacional de saúde aponta que mais da metade dos idosos com 60 anos ou mais possui pelo menos uma DCNT, sendo que uma porcentagem significativa apresenta duas ou mais condições de saúde. Esse cenário contribui para o fenômeno da polifarmácia, que se refere ao uso concomitante de cinco ou mais medicamentos. No Brasil, a prevalência de polifarmácia em idosos com DCNT é de aproximadamente 18%, sendo mais comum em mulheres e na faixa etária de 70 a 79 anos. A prática da polifarmácia é motivada por vários fatores, incluindo a presença de diferentes doenças crônicas, o acompanhamento por diferentes profissionais de saúde, a autopercepção de saúde ruim, a facilidade de acesso a medicamentos e a prática da automedicação. No entanto, o uso concomitante de múltiplos medicamentos em idosos está associado a riscos significativos, como hospitalizações, morbimortalidade, interações medicamentosas e reações adversas a medicamentos. Esse estudo identificou que a polifarmácia em idosos está relacionada a uma série de consequências negativas, incluindo diminuição da adesão à farmacoterapia, aumento do risco de iatrogenias, quedas, desnutrição e dificuldades na realização de atividades diárias. Além disso, a polifarmácia representa um importante problema de saúde pública devido ao impacto econômico expressivo nos sistemas de saúde públicos e privados. Diante desse cenário é fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos à prática da polifarmácia em idosos, adotando estratégias para mitigar seus impactos negativos. Isso inclui uma revisão regular da lista de medicamentos dos pacientes, evitando a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados, monitorando as interações medicamentosas e promovendo a educação dos pacientes sobre o uso adequado de medicamentos e um estilo de vida saudável.
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