O manejo das disfunções sexuais femininas induzidas pelo uso de antidepressivos

• Autor(a) principal: Lico, Maria Isadora de Campos
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Braga, Carolina, Vicente, Vitória Zonato Carlin, Belo, Jeane Nunes, Peres, Márcia Cristina Terra de Siqueira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/59623
• topic: agentes antidepressivos; disfunção sexual; disfunção sexual induzida; transtorno do desejo sexual hipoativo

Introdução: Os antidepressivos que representam o tratamento farmacológico de primeira escolha para algumas doenças psiquiátricas, podem apresentar efeitos adversos que levam às disfunções sexuais, comprometendo a libido ou a performance sexual das mulheres. Objetivo: O presente trabalho objetiva investigar o manejo das disfunções sexuais antidepressivo- induzidas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa com seleção de artigos nas bases de dados da Pubmed/Medline, Portal Periódicos Capes e Cochrane através da combinação dos descritores, Sexual Dysfunction, Hypoactive Sexual Desire Disorder, Antidepressant Agents. Foram incluídos artigos de língua inglesa, no período de 2012 até 2022. Resultados: A bupropiona é o principal agente que demonstrou efeitos positivos no TDSH. Algumas estratégias farmacológicas recomendadas constam em titulação da dose, suspensão da medicação por 2 dias na semana, aguardar a redução espontânea dos sintomas ao longo do tempo, acrescentar a bupropiona ou buspirona como antídoto e substituição do fármaco. Por fim, um estudo recomenda a combinação de testosterona sublingual e PDE5-i ou testosterona + agonista do receptor 5-HT 1A. A Flibanserina para manejo de disfunção sexual induzida por antidepressivos não apresenta dados de segurança e eficácia. Outras opções não farmacológicas seriam psicoterapia, acupuntura e uso de fitoterápicos. Considerações finais: Antidepressivos com fortes propriedades serotoninérgicas têm a maior taxa de efeitos colaterais sexuais. Os médicos devem estar cientes das disfunções sexuais induzidas por drogas e de como manejá- las, uma vez que sua ocorrência pode ter consequências para a qualidade de vida das mulheres e que a prescrição dessa classe de medicamentos é grande.