Relação entre tempo de inserção do dispositivo intrauterino no pós-parto, taxa de expulsão e gestações consecutivas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68473 |
Resumo: | O período pós-parto é um momento oportuno para fornecer contracepção às mulheres. Como a maioria das mulheres é sexualmente ativa após seis semanas ao parto, e a ocorrência de uma gravidez subsequente não intencional pode vir a ser um problema, uma alternativa viável para evitar uma gestação indesejada é o dispositivo intrauterino de cobre (DIU) inserido no pós-parto, um método duradouro, de baixo custo, não hormonal e que não interfere na lactação. Avaliar a taxa de expulsão do dispositivo intrauterino de cobre inserido no pós-parto imediato e no pós-parto precoce, e gestações subsequentes, bem como verificar a prevalência de expulsão de DIU nas participantes, analisar a correlação entre expulsão com o tempo de inserção e tipo de parto, e avaliar as taxas de gestações indesejadas subsequentes. Estudo de coorte prospectivo com gestantes atendidas em uma maternidade pública localizada na cidade de Volta Redonda - RJ. O dispositivo utilizado foi o modelo DIU de cobre Tcu 380A®, sendo a inserção realizada por médico ginecologista e obstetra, ou residente da área em formação sob supervisão direta. A revisão do DIU se deu em acompanhamento ambulatorial por consultas agendadas pelo serviço. Para avaliação dos dados de importância para a pesquisa, como tipo de parto, expulsão, gestações subsequentes, satisfação com o método e demais variáveis foi utilizado um instrumento elaborado para a pesquisa. Foram realizadas análises descritivas e, para verificar a associação entre as variáveis utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e o teste de Fisher. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos do Centro Universitário de Volta Redonda. A média de idade entre as participantes foi de 28,1 + 6,84 anos. O perfil apresentou que a maioria era solteira (64,5%), com ensino médio completo (53,8%) e cor de pele declarada não branca (63,3%). A maioria das inserções (53,6%) foi realizada no parto vaginal, e 46,4% na cesariana, sendo que a maior parte (n = 113) dos dispositivos também foi inserido no pós-parto precoce. A colocação do DIU no pós-parto imediato foi significativamente maior em mulheres que realizaram cesariana. Foi observada prevalência de não expulsão (47,3%) dos dispositivos nas mulheres participantes. Ocorreu associação significativa entre parto cesáreo e não expulsão do DIU. Quando verificada a relação entre tempo de inserção do dispositivo e expulsão do mesmo foi observada associação significativa entre expulsão e inserção após 10 minutos de parto. Apenas 02 participantes tiveram gestação subsequente. Verificou-se uma baixa prevalência de gestação indesejada e menores taxas de expulsão do DIU quando inseridos no pós-parto imediato e em partos do tipo cesárea. Existem poucas contraindicações para dispositivos intrauterinos, sendo assim, este método deve ser considerado por obstetras-ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos ao aconselharem as mulheres sobre as opções para o início imediato da contracepção no pós-parto. |
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O período pós-parto é um momento oportuno para fornecer contracepção às mulheres. Como a maioria das mulheres é sexualmente ativa após seis semanas ao parto, e a ocorrência de uma gravidez subsequente não intencional pode vir a ser um problema, uma alternativa viável para evitar uma gestação indesejada é o dispositivo intrauterino de cobre (DIU) inserido no pós-parto, um método duradouro, de baixo custo, não hormonal e que não interfere na lactação. Avaliar a taxa de expulsão do dispositivo intrauterino de cobre inserido no pós-parto imediato e no pós-parto precoce, e gestações subsequentes, bem como verificar a prevalência de expulsão de DIU nas participantes, analisar a correlação entre expulsão com o tempo de inserção e tipo de parto, e avaliar as taxas de gestações indesejadas subsequentes. Estudo de coorte prospectivo com gestantes atendidas em uma maternidade pública localizada na cidade de Volta Redonda - RJ. O dispositivo utilizado foi o modelo DIU de cobre Tcu 380A®, sendo a inserção realizada por médico ginecologista e obstetra, ou residente da área em formação sob supervisão direta. A revisão do DIU se deu em acompanhamento ambulatorial por consultas agendadas pelo serviço. Para avaliação dos dados de importância para a pesquisa, como tipo de parto, expulsão, gestações subsequentes, satisfação com o método e demais variáveis foi utilizado um instrumento elaborado para a pesquisa. Foram realizadas análises descritivas e, para verificar a associação entre as variáveis utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e o teste de Fisher. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos do Centro Universitário de Volta Redonda. A média de idade entre as participantes foi de 28,1 + 6,84 anos. O perfil apresentou que a maioria era solteira (64,5%), com ensino médio completo (53,8%) e cor de pele declarada não branca (63,3%). A maioria das inserções (53,6%) foi realizada no parto vaginal, e 46,4% na cesariana, sendo que a maior parte (n = 113) dos dispositivos também foi inserido no pós-parto precoce. A colocação do DIU no pós-parto imediato foi significativamente maior em mulheres que realizaram cesariana. Foi observada prevalência de não expulsão (47,3%) dos dispositivos nas mulheres participantes. Ocorreu associação significativa entre parto cesáreo e não expulsão do DIU. Quando verificada a relação entre tempo de inserção do dispositivo e expulsão do mesmo foi observada associação significativa entre expulsão e inserção após 10 minutos de parto. Apenas 02 participantes tiveram gestação subsequente. Verificou-se uma baixa prevalência de gestação indesejada e menores taxas de expulsão do DIU quando inseridos no pós-parto imediato e em partos do tipo cesárea. Existem poucas contraindicações para dispositivos intrauterinos, sendo assim, este método deve ser considerado por obstetras-ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos ao aconselharem as mulheres sobre as opções para o início imediato da contracepção no pós-parto. |
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