Relação entre tempo de inserção do dispositivo intrauterino no pós-parto, taxa de expulsão e gestações consecutivas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Ana Paula da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28027
Resumo: Introdução: O período pós-parto é um momento oportuno para fornecer contracepção às mulheres. Como a maioria das mulheres é sexualmente ativa após seis semanas ao parto, e a ocorrência de uma gravidez subsequente não intencional pode vir a ser um problema, uma alternativa viável para evitar uma gestação indesejada é o dispositivo intrauterino de cobre (DIU) inserido no pós-parto, um método duradouro, de baixo custo, não hormonal e que não interfere na lactação. Objetivos: Avaliar a taxa de expulsão do dispositivo intrauterino de cobre inserido no pós-parto imediato e no pós-parto precoce, e gestações subsequentes, bem como verificar a prevalência de expulsão de DIU nas participantes, analisar a correlação entre expulsão com o tempo de inserção e tipo de parto, e avaliar as taxas de gestações indesejadas subsequentes. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com gestantes atendidas em uma maternidade pública localizada na cidade de Volta Redonda - RJ. O dispositivo utilizado foi o modelo DIU de cobre Tcu 380A®, sendo a inserção realizada por médico ginecologista e obstetra, ou residente da área em formação sob supervisão direta. A revisão do DIU se deu em acompanhamento ambulatorial por consultas agendadas pelo serviço. Para avaliação dos dados de importância para a pesquisa, como tipo de parto, expulsão, gestações subsequentes, satisfação com o método e demais variáveis foi utilizado um instrumento elaborado para a pesquisa. Foram realizadas análises descritivas e, para verificar a associação entre as variáveis utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e o teste de Fisher. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos do Centro Universitário de Volta Redonda. Resultados: A média de idade entre as participantes foi de 28,1 + 6,84 anos. O perfil apresentou que a maioria era solteira (64,5%), com ensino médio completo (53,8%) e cor de pele declarada não branca (63,3%). A maioria das inserções (53,6%) foi realizada no parto vaginal, e 46,4% na cesariana, sendo que a maior parte (n = 113) dos dispositivos também foi inserido no pós-parto precoce. A colocação do DIU no pós-parto imediato foi significativamente maior em mulheres que realizaram cesariana. Foi observada prevalência de não expulsão (47,3%) dos dispositivos nas mulheres participantes. Ocorreu associação significativa entre parto cesáreo e não expulsão do DIU. Quando verificada a relação entre tempo de inserção do dispositivo e expulsão do mesmo foi observada associação significativa entre expulsão e inserção após 10 minutos de parto. Apenas 02 participantes tiveram gestação subsequente. Conclusão: Verificou-se uma baixa prevalência de gestação indesejada e menores taxas de expulsão do DIU quando inseridos no pós-parto imediato e em partos do tipo cesárea. Existem poucas contraindicações para dispositivos intrauterinos, sendo assim, este método deve ser considerado por obstetras-ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos ao aconselharem as mulheres sobre as opções para o início imediato da contracepção no pós-parto.
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Objetivos: Avaliar a taxa de expulsão do dispositivo intrauterino de cobre inserido no pós-parto imediato e no pós-parto precoce, e gestações subsequentes, bem como verificar a prevalência de expulsão de DIU nas participantes, analisar a correlação entre expulsão com o tempo de inserção e tipo de parto, e avaliar as taxas de gestações indesejadas subsequentes. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com gestantes atendidas em uma maternidade pública localizada na cidade de Volta Redonda - RJ. O dispositivo utilizado foi o modelo DIU de cobre Tcu 380A®, sendo a inserção realizada por médico ginecologista e obstetra, ou residente da área em formação sob supervisão direta. A revisão do DIU se deu em acompanhamento ambulatorial por consultas agendadas pelo serviço. Para avaliação dos dados de importância para a pesquisa, como tipo de parto, expulsão, gestações subsequentes, satisfação com o método e demais variáveis foi utilizado um instrumento elaborado para a pesquisa. Foram realizadas análises descritivas e, para verificar a associação entre as variáveis utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e o teste de Fisher. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos do Centro Universitário de Volta Redonda. Resultados: A média de idade entre as participantes foi de 28,1 + 6,84 anos. O perfil apresentou que a maioria era solteira (64,5%), com ensino médio completo (53,8%) e cor de pele declarada não branca (63,3%). A maioria das inserções (53,6%) foi realizada no parto vaginal, e 46,4% na cesariana, sendo que a maior parte (n = 113) dos dispositivos também foi inserido no pós-parto precoce. A colocação do DIU no pós-parto imediato foi significativamente maior em mulheres que realizaram cesariana. Foi observada prevalência de não expulsão (47,3%) dos dispositivos nas mulheres participantes. Ocorreu associação significativa entre parto cesáreo e não expulsão do DIU. Quando verificada a relação entre tempo de inserção do dispositivo e expulsão do mesmo foi observada associação significativa entre expulsão e inserção após 10 minutos de parto. Apenas 02 participantes tiveram gestação subsequente. Conclusão: Verificou-se uma baixa prevalência de gestação indesejada e menores taxas de expulsão do DIU quando inseridos no pós-parto imediato e em partos do tipo cesárea. Existem poucas contraindicações para dispositivos intrauterinos, sendo assim, este método deve ser considerado por obstetras-ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos ao aconselharem as mulheres sobre as opções para o início imediato da contracepção no pós-parto.Introduction: The postpartum period is an opportune time to provide women with contraception. As most women are sexually active within six weeks of giving birth and the occurrence of a subsequent unintended pregnancy can be a problem. A viable alternative to avoid an unwanted pregnancy is the copper intrauterine device (ID) inserted in the postpartum period, because a lasting method, cheap and does not interfere with lactation. Objectives: To evaluate the rate of expulsion of the copper intrauterine device inserted in the immediate postpartum and early postpartum, and subsequent pregnancies, as well as verify the prevalence of ID expulsion in the participants, analyze the correlation between expulsions with the time of insertion and type of childbirth and to assess the rates of subsequent unintended pregnancies. Methods: Prospective cohort study with pregnant women attended at a public maternity hospital located in Volta Redonda, Brazil. Sociodemographic data were taken from the pregnant woman's hospitalization form and/or the child's live birth certificate. The devices were inserted in all participants who accepted and consented to participate. The device used was the Tcu 380A® copper ID model, with insertion performed by a gynecologist and obstetrician, or a resident of the area undergoing training and supervised. The revision of the ID took place in outpatient follow-up through consultations scheduled by the service. For the evaluation of important data for the research, such as type of delivery, expulsion, subsequent pregnancies, satisfaction with the method and other variables, an instrument designed for the research was used. Descriptive analyzes were performed and, to verify the association between variables, Pearson's chi-square test and Fisher's test were used. This research was approved by the ethics committee. Results: The mean age among the participants was 28.1 + 6.84 years. The profile showed that most were single (64.5%), had completed high school (53.8%) and declared non-white skin color (63.3%). Most insertions (53.6%) were performed during vaginal delivery, and 46.4% during cesarean section, and most of childbirth (n = 113) were also inserted in the early postpartum period. ID placement in the immediate postpartum period was significantly higher in women who had a cesarean section. There was a prevalence of non-expulsion (47.3%). There was a significant association between cesarean delivery and non-expulsion. When checking the relationship between insertion time and expulsion, a significant association was observed between expulsion and insertion after 10 minutes of childbirth. Only 02 participants had a subsequent pregnancy. Conclusion: There was a low prevalence of unwanted pregnancies and lower rates of ID expulsion when inserted in the immediate labor-delivery and in cesarean-type deliveries. There are few contraindications for intrauterine devices, so this method should be considered by obstetricians-gynecologists and other obstetric care providers when advising women on options for immediately starting postpartum contraception.61 f.Bravo, Renato de Souzahttp://lattes.cnpq.br/5786929919222458Braga Neto, Antonio Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/5786929919222458Rodriguez y Rodriguez, Martius Vicentehttp://lattes.cnpq.br/7037188590027119Souza, Elton Bicalho dehttp://lattes.cnpq.br/3991957470238027Cunha, Ana Paula da2023-03-03T15:02:29Z2023-03-03T15:02:29Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCUNHA, Ana Paula da. Relação entre tempo de inserção do dispositivo intrauterino no pós-parto, taxa de expulsão e gestações consecutivas. 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